quarta-feira, 6 de abril de 2011

FILME: BRAVURA INDÔMITA

Bravura Indômita: Fiel ao romance original e superior à primeira versão. Filmaço!
Rafael Morais
06 de abril de 2011.

Que os irmãos Coen são talentosos, não tenho dúvida, mas os "caras" conseguiram se superar. Mesmo depois dos excelentes Onde os Fracos não tem vez (Vencedor de Oscar) e Um Homen Sério, parece que a dupla está sempre inspirada, e dessa vez, tiraram da cartola um remake western que tinha John Wayne como personagem principal, e sinceramente, a versão atual ficou bem melhor que a original.

O longa narra a história de uma "menina" de 14 anos (Haliee Steinfeld) que está buscando vingança pela morte de seu pai. Para tanto, ela contrata Reuben "Rooster" Cogburn (Jeff Bridges), um federal brutamontes e bastante temperamental. O assassino é o imprestável Tom Chaney (Josh Brolin) que também é perseguido pelo texano LaBoeuf (Matt Damon).

Nunca pensei em comentar e, principalmente, gostar de um filme de bang-bang, uma vez que não me apetece este gênero. Mas, Bravura Indômita é diferenciado. Desde a linguagem, diálogos e elenco até a trilha, tudo ocorre de forma harmônica na trama.

Fiquei admirado com a excelente atuação de Hailee Steinfeld (Mattie Ross), a garota é um show à parte. Aquelas negociações com os comerciantes e na funerária, fazem-nos perguntar se realmente a “pobre menina” (que de fraca não tem nada) acabara de perder o pai. A sua determinação e coragem são impressionante.

A marca registrada dos Coen (Joel e Ethan), que é o humor sarcástico/negro, também está lá e funciona perfeitamente tendo em Bridges o seu ponto focal. Sem contar que uma das últimas cenas (a cavalgada) é impecável, onde a magnífica fotografia, a trilha sonora ao fundo, enfim, todo o clímax favorece para um desfecho memorável. De fato, o remorso e o arrependimento parecem oxigenar os pulmões de Cogburn, afinal, por trás daquela figura durona está um pai - em busca de redenção - que nunca teve a chance de sê-lo de verdade. 


Bravura Indômita: o "novo velho oeste". Emocionante!


Ah, ia esquecendo, não é porque sou da área jurídica, mas a cena do interrogatório no tribunal, é fantástica. Repare como o ex-xerife se esquiva das acusações e ainda tira sarro da justiça. Bem contemporâneo, não acham? 





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