quarta-feira, 30 de novembro de 2011

REMAKE?

















Nova versão do clássico contrata roteirista.
Rafael Morais
30 de novembro de 2011.



A nova versão de Scarface, que a Universal oficializou em setembro, encontrou um roteirista: David Ayer, que escreveu Dia de Treinamento e dirigiu policiais como Os Reis da Rua.
O filme dará um tratamento contemporâneo ao gângster. A ideia não é realizar um remake ou uma continuação, mas apenas usar os elementos em comum dos Scarface de 1932 e de 1983: um imigrante, alguém estranho a um ambiente, que embarca na carreira criminosa para conseguir, através de violência, sua própria visão distorcida do "Sonho Americano".
No primeiro filme, de Howard Hawks, o personagem era um italiano (vivido por Paul Muni). No segundo, de Brian De Palma, estrelado por Al Pacino, tornou-se cubano. O novo Scarface  tem participação do produtor do filme oitentista, Martin Bregman.
Ayer falou ao Deadline sobre o desafio: "Eu estudei tanto o original de Ben Hecht e Howard Hawks quanto a versão de DePalma e Pacino, e encontrei temas universais. Ainda estou achando como traduzir isso, mas os dois primeiros filmes tinham um lugar, uma especificidade, a violência sem pudor e um personagem principal que assustava socialmente as pessoas mas tinha seu próprio código de honra. Cada um deles foi fiel ao submundo de sua era. Há oportunidades demais no mundo real hoje que permitem contar essa história direito. Se eu tentasse refazer o filme de 1983 não daria certo".
O roteirista promete que não será um remake. Será?

terça-feira, 29 de novembro de 2011

EM BREVE: RAMPART


O drama policial Rampart, com o ator Woody Harrelson ganhou o seu trailer. 
Rafael Morais
29 de novembro de 2011.

O drama policial Rampart, segunda parceria entre o diretor Oren Moverman (O Mensageiro) e o ator texano Woody Harrelson (Assassinos Por Natureza) ganhou o seu trailer. O longa foi bastante elogiado nos festivais dos quais participou e é cotado como promessa para o Oscar 2012, onde espera-se que Harrelson receba uma indicação por sua performance.

A trama escrita por James Ellroy é ambientada na Los Angeles dos anos 1990 onde o policial veterano Dave Brown (Harrelson) é acusado de brutalidade após espancar um sujeito e ser flagrado por uma câmera. Quando seu passado negro vem à tona, ele vira o símbolo de tudo o que há de errado na coorporação e precisa manter a sanidade para lidar com a fúria dos que estão no seu caminho: suas filhas, suas duas ex-esposas (que são irmãs), um investigador particular, um sem-teto que testemunhou seus crimes e uma misteriosa nova amante que pode, ou não, estar do seu lado. Como se não bastasse, ele também vira alvo de um grupo de extermínio, em busca de vingança contra a polícia.

O elenco de Rampart é cheio de rostos conhecidos do grande público. Além de Harrelson, Ben Foster (Os Indomáveis), Sigourney Weaver (Avatar), Steve Buscemi (Boardwalk Empire), Robin Wright (Conspiração Americana), Anne Heche (Negócio Fechado), Cynthia Nixon (Sex and the City), Jon Bernthal (The Walking Dead), Ned Beatty (O Assassino em Mim) e o rapper Ice Cube (Barbershop), também participam. Assista abaixo ao trailer legendado:


Policial corrupto? E olha que não é brasileiro!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

CURTA O CURTA: Destino


E se Salvador Dalí fizesse uma parceria com Walt Disney? E Aconteceu, em 1945. Veja o resultado desse incrível curta-metragem.
Rafael Morais
25 de Novembro de 2011.

Em 1945, Walt Disney contratou Salvador Dalí para a elaboração de um curta-metragem baseado na música Destino do compositor mexicano Armando Domínguez. O trabalho do pintor catalão era preparar um seqüência combinando animação com dançarinos ao vivo e efeitos especiais para um filme no mesmo formato de Fantasia.

Após consumir cerca de 9 meses de trabalho da dupla, o projeto foi cancelado devido aos problemas financeiros que o estúdio enfrentou no pós-guerra. Destino ficou engavetado até 2003 quando, o sobrinho de Walt, Roy Disney, resolveu aproveitar a canção-tema na voz da espanhola Dora Luz, os rascunhos da história e uma série de 15 pinturas originais de Dalí para concluir o trabalho.

Uma equipe de 25 pessoas retomou os storyboards originais e dirigiu a animação seguindo algumas orientações da esposa do pintor, Gala Dalí, e de John Hench, artista da Disney que na época foi encarregado de ensinar as técnicas de animação Disney para Salvador Dalí.

O vídeo conta a história de amor entre Chronos – a personificação do tempo na mitologia grega – e uma mulher mortal. Premiado como Melhor Curta nos festivais de Melbourne (Austrália) e no Rhode Island Internacional (EUA), o resultado é uma obra incrível, com a qualidade Disney e o universo surrealista de Dalí. 

Assista:


FANTÁSTICO!!!

ESTREIAS DA SEMANA ( 25 DE Novembro)

HAPPY FEET 2 : O PINGUIM

Continuação desnecessária? Se o primeiro já não foi lá essas coisas, imagine o segundo.


Mano tem um filho, Erik, que não gosta de cantar e não leva muito jeito para a dança. Erik foge e encontra um pinguim que consegue voar, Sven. Como Mano pode competir com o novo ídolo do filhote?
Animação/infantil - 2011. Duração: 100 min. Classificação: livre.

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ASSALTO EM DOSE DUPLA

Roteiristas de "Se Beber Não Case" continuam trabalhando, mas parecem viver na sombra do sucesso passado. 

Uma caixa de banco (Ashley Judd) e um cliente sob medicação (Patrick Dempsey), em meio a outros reféns de um assalto a banco executado por dois grupos diferentes, tentam entender o que está por trás dessa estranha coincidência.
Comédia, 2011.Duração: 87 min. Classificação: 14 anos.

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NÃO SEI COMO ELA CONSEGUE

O nome já diz tudo: Não sei como ela consegue, só fazer filme ruim.

Baseado no livro de Allison Pearson, que também adaptou o roteiro, o filme conta a história de Kate Reddy (Sarah Jessica Parker), mãe de dois e executiva de finanças que tenta sobreviver em meio à rotina dos filhos, jovens mulheres, homens interessantes e exigências do trabalho.

Comédia romântica , 2011. Duração: 115 min. Classificação: 10 anos.


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DAWSON ILHA 10

Drama envolvendo Brasil-Chile-Venezuela, poderia valer uma visita ao cinema. Pena que Fortaleza não entrou no circuito. Os vampirinhos dominaram todas as salas.


Depois que o presidente do Chile Salvador Allende é deposto, os membros de seu gabinete são aprisionados na ilha Dawson, o campo de concentração mais ao sul do planeta.
Drama, 2009.Duração: 117 min. Classificação: 14 anos.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

EM BREVE: DESAPARECIDOS


Brasil na onda dos falsos-documentários.
24 de novembro de 2011
Rafael Morais

Já não era em tempo do Brasil aderir a moda dos mockumentaries. Desaparecidos, dirigido por David Schurmann (O Mundo em Duas Voltas) e estrelado por atores desconhecidos, é o primeiro longa brazuca de suspense/horror com ambição de espelhar fenômenos de público como A Bruxa de Blair, Cloverfield e Atividade Paranormal.

A idéia para o filme surgiu durante o Producer’s Network do Festival de Cannes de 2010, onde Schurmann participou de um bate-papo sobre o mercado transmídia. Empolgado, o cineasta e sua equipe desenvolveram um projeto com foco no público jovem (entre 14 e 18 anos), e que começou a tomar corpo há um ano, quando perfis de 15 personagens fictícios foram montados no Facebook. Não demorou muito para que cada um deles tivesse cerca de 500 amigos. Uma equipe cuidava e atualizava os perfis com postagens constantes.

No final de agosto, um desses personagens convidou seus amigos virtuais para a festa “Luz, Câmera, Party”, que seria realizada em outubro, em Ilhabela, no litoral paulista. Como centenas de pessoas responderam ao convite, o personagem explicou que precisaria fazer uma seleção, e que os escolhidos receberiam em casa uma câmera de vídeo leve, no formato de um tablet, que deveria ser usada pelos convidados o tempo todo, pendurada no pescoço por um cordão.

Tudo isso, é claro, era fantasia. Apenas os personagens fictícios postaram mensagens no Facebook confirmando que receberam o convite – e assim estava armado o cenário virtual para Desaparecidos. O filme mostra o que aconteceu com seis desses jovens convidados, que desapareceram durante a festa, com imagens tomadas “por eles mesmos”, com a tal câmera-convite.

O nível de amadorismo dos atores é perceptível no trailer, mas o filme tem lá o seu clima de tensão. Confira:


Desaparecidos foi rodado com um baixíssimo orçamento de 55 mil reais, com direção de fotografia do canadense Todd Southgate, especializado em tomadas dentro de florestas. Posteriormente, foi feito todo um trabalho para “sujar” a imagem com interferências digitais e uma cuidadosa edição de som, para atingir a atmosfera de horror pretendida.

A estreia nacional está marcada para 9 de dezembro.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

EXPECTATIVA!



Tom Hardy falou sobre o seu personagem Bane em Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge.
Rafael Morais
23 de novembro de 2011.

A revista Empire deste mês, que trouxe novas imagens de Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge, tem também depoimentos de Christopher Nolan e Tom Hardy sobre o vilão Bane.
Para o diretor, "com Bane, estamos dando a Batman um desafio que ele nunca teve antes. Com a nossa escolha de história e o vilão, estamos testando Batman tanto mentalmente como fisicamente".
Já o intérprete de Bane, Hardy, diz que "ele é brutal. Brutal. Um cara grande e incrivelmente cínico, focado em resultados e com um estilo de combate próprio. Ele não liga para a luta. Liga para a chacina. Seu estilo é cheio de socos e chutes, terrível. E vai desde as pequenas coisas, como torções, até esmagamento de crânios, costelas, pisão no queixo, joelho ou pescoço, até arrancar a cabeça fora e atravessar alguém com os punhos, arrancando sua coluna dorsal. Ele é um terrorista em todos os sentidos, na mentalidade e na ação".
Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge estreia no Brasil em 27 de julho de 2012.



segunda-feira, 21 de novembro de 2011

E A RAPADURA DE OURO DA SEMANA VAI PARA ...


A escrita como forma de catarse.
Rafael Morais
21 de novembro de 2011.

Quem nunca foi tomado por um sentimento de culpa, por algo que fez ou deixou de fazer? Acho que todo ser humano já passou por isso, mas para Brioni Tallis, as consequências dos seus atos e seus desdobramentos influenciaram, catastroficamente, a vida e o destino das pessoas que ela amava: sua irmã Cecilia Tallis e Robbie Turner, filho de uma das empregadas da família. Trocando em miúdos, essa é a premissa central de Desejo e Reparação (Atonement, 2007), adaptação do romance do famoso escritor inglês Ian McEwan.

Joe Wright, diretor do filme, monta uma adaptação que beira a perfeição, seja pelos cortes e takes maduros, seja por extrair do elenco o que eles podem oferecer de melhor. Os prêmios que o filme arrebatou pelos festivais não me deixam mentir (Globo de Ouro, Bafta, Oscar....). Méritos de um cineasta que tem em mãos uma obra literária tão complexa quanto delicada, e consegue extrair o seu supra sumo sem perder a originalidade. 

Como esquecer a impregnante trilha sonora original, que vez ou outra se confundia com o soar da máquina de escrever da geniosa Brioni. O teclar dava o ritmo da história. Orgânico e preciso. Cinema! 

A fotografia dualista, brilhantemente escolhida, diz, por si só, onde estamos e para onde vamos, basta ver e sentir. A luminosidade nas épocas áureas; os prados, montanhas, arvoredos, o verão enche os nossos olhos. Por outro lado, quando somos arremessados à guerra, temos uma foto turva, sem aquele brilho, o destino já havia alterado e ninguém poderia reverter. 

Não menos espetacular são os figurinos, os cenários e as locações escolhidas, sem essa harmonizada tríade, com certeza, o filme não teria o mesmo resultado. Os figurinos impecáveis situam o espectador em um ambiente de época, ao tempo em que nos deixam a par das intenções dos personagens, como na cena da biblioteca em que Cecila Tallis (Keira Knightley) usa um luxuoso vestido verde, que mais do que nunca, simboliza a cor da esperança.

A montagem, por sua vez, é perspicaz ao ponto de não deixar a nossa atenção se esvair, nem por um minuto. As principais cenas são mostradas sob duas perspectivas: a de Brioni (imaginativa e cheia de dúvidas); e a visão real, dos fatos. E por falar em Brioni, a história centra-se, basicamente, na trajetória da menina-moça até a terceira idade. A interpretação da personagem passa pela trinca das talentosas atrizes (Saorsi RonanRomola Garai Vanessa Redgrave). Cada uma delas empresta à personagem o sentimento que ela merecia, nos momentos decisivos e emocionantes, os quais não são poucos.

Quando somos apresentados, abruptamente, a versão de Brioni de 1935, vimos uma menina um tanto arrogante e mimada. Até na maneira de andar, temos uma criança em transição para adolescência, diferente das demais, rápida e objetiva, sem perder tempo. Nas tardes livres e intermináveis de uma Inglaterra em tempos de pré-guerra, a cabeça de uma criança ociosa era uma fábrica de sonhos, histórias e imaginações, porque não dizer: uma oficina do diabo. A menina passava o tempo livre escrevendo livros e peças, e isso ela fazia bem. Era um talento nato. A paixão secreta e platônica por Robbie (James Macvoy, um dos melhores atores da nova geração), é infrutífera e só cresce na pequena escritora, até porque o rapaz é mais velho e só tem olhos para Cecilia, irmã de Brioni, por quem está perdidamente apaixonado, e é correspondido, apesar de ser às escuras, pois é de família humilde.

A inocência e a culpa são as marcas do filme. A inocência de Robbie diante do que seria capaz uma menina-mulher, e a culpa desta, por ter cometido uma grave injustiça e calúnia. O certo é que, desde cedo, não se deve brincar com os sentimentos mulheres, e compreendê-las pode ser uma questão de sobrevivência.

Sem revelar mais detalhes da fantástica história, apenas posso dizer que a emoção, durante a sessão, me tomou de assalto em vários momentos, quando fui percebendo a imersão dada a cada personagem, a densa dramaticidade que crescia exponencialmente, que o sentimento de culpa e remorso daquela garota se tornara uma ferida maior do que qualquer bomba poderia causar, me entreguei ao talento da produção. 

Confesso, sem vergonha alguma, que a lágrima escorreu no canto do olho em uma das cenas mais primorosas do cinema recente: Robbie acompanha os dois amigos na praia de Dunkirk e constatam o caos e a devastação que a guerra deixara. Um plano-sequência, sem cortes, persegue os amigos que caminham pela praia, atordoados, contemplativos, sobreviventes.


   
Vale lembrar, que Desejo e Reparação perdeu em 2007 o Oscar de melhor filme para Quem Quer Ser um Milionário. Estaria a Academia com algum sentimento de culpa? Se tiver, é tarde demais!


sábado, 19 de novembro de 2011

EM BREVE: VALENTE






















Saiu o primeiro trailer completo do novo longa da Pixar.
Rafael Morais
19 de novembro de 2011.


Em Valente (Brave), a mítica Escócia é o cenário da aventura. Embora filha da nobreza, Merida preferiria entrar para a história como uma arqueira de sucesso. Confrontando os desejos de sua mãe, a princesa toma uma atitude impensada, que coloca em perigo o reino e a vida de sua família. Agora ela precisa lutar contra as forças da natureza, da magia e de uma maldição sombria para consertar seu erro.
Billy Connolly (Rei Fergus), Emma Thompson (Rainha Elinor) e Julie Walter  (velha sábia) também estão no elenco de dubladores. Para fazer os três lordes do reino, alívios cômicos do filme, estão escalados Kevin McKidd (Lorde MacGuffin), Craig Ferguson (Lorde Macintosh) eRobbie Coltrane (Lorde Dingwall).
Dirigido por Brenda Chapman (O Príncipe do Egito) e pelo estreante em longas Mark Andrews,Valente é descrito como o primeiro longa da casa voltado para o público feminino.

O lançamento de Valente acontece em 22 de junho de 2012.