quarta-feira, 31 de outubro de 2012

PIPOCA NEWS - Disney compra a Lucasfilm por US$ 4,05 bilhões


E o primeiro projeto já foi anunciado: Star Wars – Episódio VII nos cinemas em 2015!
Fonte: www.getro.com.br

A negociação vinha correndo em sigilo, mas com o bater do martelo por 4,05 bilhões de dólares, a Walt Disney Company oficializou a compra da Lucasfilm. E o primeiro projeto da empresa em sua nova casa já foi anunciado: Star Wars – Episódio VII nos cinemas em 2015!
Veja a declaração de George Lucas durante o comunicado da venda realizado ontem (30/10):
Pelos últimos 35 anos, um dos meus maiores prazeres foi ver Guerra nas Estrelas passar de uma geração para outra. Agora é tempo de entregar a franquia para uma nova geração de cineastas. Eu sempre acreditei que o filme pudesse viver além de mim, e achei importante fazer essa transição enquanto estou vivo. Estou confiante que, com a Lucasfilme sob a liderança de Kathleen Kennedy, e em uma nova casa na Disney, Guerra nas Estrelas vai certamente viver e florescer por muitas gerações a seguir.
Entre outras propriedades, a Lucasfilm tem também a franquia Indiana Jones, mas por enquanto não há nenhum anúncio referente a possíveis novos filmes do aventureiro. Outras empresas que fazem parte do grupo Lucasfilm, como a LucasArts (que cria games), a Industrial Light & Magic e o Skywalker Sound – respectivamente, de efeitos visuais e de efeitos sonoros – entram no pacote e agora são parte da Disney.
Segundo informações divulgadas, a Disney vai pagar metade do valor em dinheiro e emitirá cerca de 40 milhões de ações quando fechar a aquisição do estúdio. O contrato prevê que George Lucas continue como consultor criativo das próximas produções. A jogada bilionária coloca a casa do rato como proprietária de um portfólio invejável que já inclui outras marcas poderosas como a Pixar, Marvel, ESPN e ABC.


sábado, 27 de outubro de 2012

ESTREIAS DA SEMANA - 26 de Outubro



segunda-feira, 22 de outubro de 2012

RAPADURA DE OURO - Réquiem Para um Sonho

Aronofsky expõe os vícios e as fraquezas humanas, ao passo que deixa o espectador psicologicamente destruído.
Rafael Morais
22 de outubro de 2012.

Réquiem significa prece pelos mortos. E é justamente isso que se traduz do filme. Darren Aronofsky (roteirista e diretor) clama ao denunciar, de uma forma bem peculiar, todos os tipos de morte. Para o cineasta, o que está em voga não é necessariamente perder uma vida, mas, sobretudo, o falecimento dos sonhos. Seja de uma juventude transviada ou da solidão de um ser, os sonhos cairão um a um. Assim, em Réquiem Para um Sonho, os personagens pagarão caro o preço pelas escolhas e padecerão sob as fraquezas da carne e do espírito. Tudo captado pelas aguçadas lentes de Aronofsky e retratado em afiados e inesquecíveis diálogos.

Não é fácil assistir e "digerir" os 102 minutos desse filme. As mãos gélidas traduzem a apreensão de um pobre espectador - tão humano quanto os personagens ali apresentados - esperando uma reviravolta e em busca de um final feliz. Pobre ilusão! Ao final, a sensação é de que levamos uma surra, pois presenciamos a degradação humana frente ao vício das drogas (lícitas ou ilícitas). Não há firulas, embelezamentos ou poesia. As sequências são fortes, nuas e cruas, como a vida é. O roteiro, também assinado por Aronofsky, descreve diferentes formas de vícios, conduzindo os personagens ao aprisionamento em um mundo ideal, que é então tomado e devastado pela realidade.

Na verdade, a intensa e tocante trilha sonora de Clint Mansell, interpretada pelo Kronos Quartet, se tornou icônica, sendo massivamente utilizada por outros filmes. A trilha sonora acrescenta como elemento narrativo, acompanhando os principais pontos do longa e ajudando a criar o clima de angústia. Os contornos e nuances da música dão a entender que estamos participando de uma marcha fúnebre, onde os personagens devaneiam nas próprias esperanças.   

Inspirado no romance de Hubert Selby Jr., a trama se apresenta de forma simples, onde o ponto central está nos vícios da sociedade moderna, como heroína, "TV aberta", a busca insana pela beleza e os seus padrões, a perversidade sexual, e diversos outros fatores desencadeados pela solidão, ganância e inconsequência. O filme narra a história de Harry Goldfarb (Jared Leto, em sua melhor atuação), que tem a "brilhante" ideia de revender uma droga alterando sua qualidade, com a ajuda de sua namorada Marion Silver (a  sempre estonteante Jennifer Connelly) e seu amigo Tyrone C. Love (o multifacetado, Marlon Wayans, conhecido pelas suas comédias "mamão com açúcar"). Juntos eles iniciam esta parceria no crime, mas as consequências deste universo se tornariam bruscas demais para os três e quem os rodeia. 

Ponto forte para o talentosíssimo elenco em atuações marcantes, como a de Ellen Burstyn interpretando Sara Goldfarb (mãe de Harry), cujo desempenho lhe rendeu uma indicação (injustiça não ter ganhado) ao Oscar na categoria de Melhor Atriz. Desaparecendo dentro de Sara, a atriz expõe a solidão de uma mulher que nada mais tem na vida a não ser assistir seu programa de TV preferido e tentar emagrecer para entrar em seu velho vestido vermelho, no qual ficava tão bonita. É para isso que ela toma suas anfetaminas, e assim, deteriora o que lhe resta de sanidade.

No fim, somos envolvidos em uma atmosfera alucinante, onde os medos e delírios são fielmente retratados por uma incrível montagem, edição e trilha sonora que faz do filme uma experiência inesquecível. 



sexta-feira, 19 de outubro de 2012

ESTREIAS DA SEMANA - 19 de Outubro


CINEMA | Estreias de Filmes da Semana


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

2 em 1 - Dois trailers em um só post


CONFIRA OS RECENTES TRAILER'S LEGENDADOS DE "DJANGO LIVRE" E "HITCHCOCK".
Rafael Morais
15 de outubro de 2012.

“Django Livre”: faroeste de Quentin Tarantino tem novo trailer.

A Weinstein Company e a Sony Pictures divulgaram um novo trailer de Django Livre, western repleto de astros do cineasta Quentin Tarantino (Pulp Fiction). O longa, que promete homenagear os grandes clássicos do gênero, conta a história de um ex-escravo e seu mentor caçando criminosos no sul dos Estados Unidos.

Jamie Foxx interpreta o personagem título, escravo liberto pelo caçador de recompensas alemão, Dr. King Schultz (Christoph Waltz) que está no encalço dos sanguinários irmãos Brittle, e Django é o único que pode levá-lo à sua recompensa. O mercenário promete alforriá-lo assim que capturar os Brittle e ajudá-lo a regastar Broomhilda (Kerry Washington), a esposa que Django havia perdido para o traficante de escravos Calvin Candie (Leonardo DiCaprio) há muito tempo.
Samuel L. Jackson (Os Vingadores), Don Johnson (Machete), Walton Goggins (Cowboys & Aliens), Bruce Dern (Monster – Desejo Assassino), Jonah Hill (Anjos da Lei) e o rapper RZA (O Homem de Bronze) estão no elenco. A obra é parcialmente inspirada em Django, faroeste italiano protagonizado por Franco Nero na década de 1960 – que, por sinal, também participa do filme. Assista:

Django Unchained estreia em 18 de janeiro de 2013 no Brasil.

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“Hitchcock”: veja Anthony Hopkins como o mestre do suspense no trailer.


A Fox Searchlight divulgou o trailer de Hitchcock, superprodução que traz Anthony Hopkins sob pesada maquiagem no papel do mestre do suspense. Baseado no livro “Alfred Hitchcock and the Making of Psycho” escrito por Stephen Rebello, o longa é centrado na criação do clássico Psicose(1960) e o romance entre o diretor Hitchcock e sua futura esposa Alma Reville (Helen Mirren).
Além de Hopkins e Mirren, também estão no elenco Jessica Biel (Vera Miles), Scarlett Johansson (Janet Leigh), James D’Arcy (Anthony Perkins, o Norman Bates), Toni Collete (Peggy Robertson, assistente de longa data do diretor), Michael Stuhlbarg (Lew Wasserman, o influente agente de Hitchcock), Danny Huston (Whitfield Cook, amigo e colaborador de Alma, com quem escreveu “Pavor nos Bastidores”), Ralph Macchio (o roteirista da película) e Michael Wincott (o serial killer Ed Gein, que teria inspirado o livro em que Psicose foi baseado).
Sacha Gervasi, roteirista de O Terminal, dirige a adaptação cinematográfica. Confira abaixo a prévia que desde já coloca Anthony Hopkins como fortíssimo candidato ao Oscar 2013 de Melhor Ator (e Melhor Maquiagem):

A estreia de Hitchcock acontece em 23 de novembro nos EUA.

domingo, 14 de outubro de 2012

14º Videocast Pipoca & Rapadura


POR LEANDRO NACLE, RAFAEL MORAIS, BÔSCOLY MORAIS E EMANUEL CARVALHO.
14 de outubro de 2012.

ESPECIAL CINEMA NACIONAL 2 º PARTE - Nesta Edição os cinéfilos Rafael Morais, Leandro Nacle e o convidado especial Bôscoly Morais, continuam comentando sobre os filmes nacionais da Retomada aos dias atuas, com dicas pessoais no final.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

NAS LOCADORAS - Sempre ao seu Lado

Não adianta se segurar, você vai chorar.
Rafael Morais
13 de outubro de 2012.

* À Lilinha. Saudades.

Quem já teve um cão de estimação sabe qual é a sensação de chegar em casa e ser recebido com o rabinho abanando, sem se aguentar de contentamento, e com a linguinha de fora, como se estivesse sorrindo. É inexplicável o sentimento dos bichos para com os seus donos. O amor que recebemos desses animais é algo incondicional. Não adianta se você está de mal humor, ou não, o tratamento não muda. Será em vão brigar, gritar ou até dá umas palmadinhas, o amor dele não mudará. Simples assim: não há ressentimos ou mágoas. E quem não queria ter um amigo desses? Pois é, eu já tive a feliz oportunidade de conviver com dois cachorrinhos inesquecíveis : Tito (um poodle malandro e com crise de identidade por conviver com um coelho, uma galinha e um pé-duro) e a Lila (uma schnauzer lady, meiga e extremamente amorosa). Dessa forma, durante esta resenha, será inevitável não fazer paralelos e não remexer nas memórias sem se lembrar desses bichinhos que passaram pela minha vida e demonstraram o valor de uma verdadeira amizade.

Mas voltando à trama do filme em si, reza uma lenda oriental que uma pessoa não escolhe o seu cachorro, mas sim, o bicho é que escolhe o seu dono. E é baseado nessa premissa que o longa, adaptação de uma história real, apresenta o seu protagonista, Hachiko, um cachorro da raça akita que ficou famoso no Japão, local de origem da história, depois que apareceu em reportagens de jornais que contavam sua jornada de lealdade ao seu dono, um professor da Universidade de Tóquio. Todos os dias Hachiko acompanhava seu amigo até a estação de trem e estava lá quando ele voltava para casa. Nessas horas, me lembro como eu era recebido pelos meus fiéis amiguinhos. O fato é que mesmo se eu chegasse em casa estressado ou chateado, eles estavam ali prontos para me receber, incondicionalmente.   

No entanto, a história deste cachorro virou uma lenda em todo o país e foi usada em escolas e casas para ensinar às crianças a importância da lealdade entre amigos. Serviu também para despertar no Japão uma onda de criações de akitas, raça pura japonesa que estava cada vez menos popular. Há hoje na estação de Shibuya uma estátua de Hachiko, no lugar onde ele ficava esperando seu dono voltar.

Na versão estadunidense da história, Hachiko continua sendo um akita. Ele é achado quando ainda é um filhote em uma estação na periferia de Nova York pelo professor universitário Parker Wilson (Richard Gere), que o leva para casa. No início, sua esposa (Joan Allen) se recusa a adotar o novo morador, mas é tocada pela cativante relação entre os dois.
Um personagem que faz a ponte entre as duas versões explicando um pouco da mentalidade e crenças japonesas é o também é um professor universitário Ken (Cary-Hiroyuki Tagawa). Ele explica ao amigo que talvez não tenha sido ele quem achou Hachiko, mas sim que o cão o escolheu como seu dono, confirmando a lenda. É ele também que explica que "hachi" é o numeral japonês para oito, um número especial, que simboliza a ligação entre os planos terrenos e espirituais.
Por sua vez, a direção do sueco Lasse Hällstrom (Regras da VidaChocolateO Vigarista do Ano) carrega no drama, incorporando elementos tipicamente ocidentais que certamente não estiveram na versão japonesa do filme, Hachiko Monogatari, sucesso de 1987. É o caso da brincadeira de pegar a bolinha, que Ken explica ser algo completamente sem sentido para Hachi. "Cachorros japoneses não pegam a bolinha apenas para agradar seu dono ou ganhar um biscoito", explica Ken em um prenúncio para uma das cenas mais emocionantes do filme. Nesse momento, pode deixar o jeito machão de lado e pegar aquele lenço de papel que estava no bolso desde Marley e Eu. Acredite, você vai precisar. E se ao acender das luzes vierem te perguntar alguma coisa, e você é do tipo orgulhoso, despiste dizendo que caiu um cisco no olho.

O vento bate em seu rosto como um sopro da liberdade. Nada lhe abala naquele instante. Ela está no colo da sua protetora e não tem o que temer. Dá língua para todos que passam sem soar mal educada. É a mais pura e ingênua felicidade que jamais poderei desfrutar.
Isso é apenas saudade dos passeios de carro com a Lila...

ESTREIAS DA SEMANA - 12 de Outubro