segunda-feira, 18 de abril de 2011

FILME: AMOR E OUTRAS DROGAS

A embalagem é de comédia romântica, mas o produto é um típico drama. 
Rafael Morais
18 de abril de 2011.

Fazia tempo que não assistia a uma comédia romântica ,ou melhor, um drama tão encorpado como esse. Não é por causa do corpão da Anne Hathaway, é que o filme começa morno e dando a impressão de Déjà vu, porém, para a minha grata surpresa, tudo muda para melhor, sem reviravoltas, e sim com um amadurecimento dos personagens e um enredo que nos prende à tela.

Agora entendo porque Anne Hathaway (futura mulher-gato) é a bola da vez de Hollywood. A atriz considerada como a nova princesinha da terra do cinema, é puro carisma, sensualidade e talento. A sua beleza é estonteante, apaixonante... Chega, chega, vamos começar a falar do longa.

A história se passa na década de 90, quando o mulherengo Jamie Randall (Jake Gyllenhaal), larga a faculdade de medicina para trabalhar como vendedor, já que lábia ele tem de sobra. Jamie vai parar no ramo farmacêutico, como representante comercial da gigante Pfizer. Nesse ponto temos uma "pequena amostra" - me permitam o trocadilho - do que acontece no mundo de negócios inescrupulosos que norteiam as indústrias de remédios. Claro que bem mais light e superficial do que O Jardineiro Fiel, por exemplo. 

Somos apresentados à diálogos cômicos (humor negro algumas vezes) que mostram a luta dos representantes em fazerem os médicos prescreverem,a qualquer custo, o seu produto/remédio em detrimento de outros. Vale tudo, mulheres/sexo, amostras grátis, ingressos, enfim tudo pela prescrição. Vamos combinar, isso não é ficção, é fato. É mais comum do que se imagina.

E são nessas idas e vindas do intrépido garanhão que ele conhece, casualmente, a linda (cá estou eu elogiando ela de novo) Maggie Murdock (Anne Hathaway) uma mulher sexualmente descomplicada que esconde, por trás da carcaça, uma realidade bem difícil de encarar. Para Jamie, Maggie cai como uma luva, pois é tudo o que um homem como ele, sempre sonhou: Sexo casual que dispensa complicação advindas de um relacionamento.

A química do casal é impressionante, realmente "pintou o clima" entre eles. As cenas são tão quentes que fazem-nos esquecer daquela doce mocinha de Um Diário de Uma Princesa, e daquele cowboy homossexual de O Segredo de Brokeback Mountain, demonstrando assim, a versatilidade da talentosa dupla. Sem esquecer da hilariante e nostálgica trilha sonora que enriquece ainda mais o filme, músicas como Macarena, hit caracterítico dos anos 90, embala os personagens e suas desventuras.   

O boom causado pelo revolucionário Viagra, o drama daqueles que sofrem do mal de Parkinson, está tudo lá, ambientado de forma coesa e interessantíssima. Aliás, a narrativa também é um ponto alto da produção. Os diálogos nos envolvem de maneira arrebatadora e inteligente. O ponto fraco fica por conta da correria nos últimos cinco ou dez minutos finais, em que o mocinho se dá conta que está perdidamente apaixonado e sai em desabalada carreira em busca da mulher da sua vida. Totalmente clichê e piegas não acham?

Vale a pena. Recomendo! Confesso que já estou aguardando pelo próximo trabalho da bela atriz. Que venha a mulher-gato... Miauuu.  







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