quinta-feira, 28 de abril de 2011

MORTAL KOMBAT: LEGACY / ASSISTA À SÉRIE ONLINE


Post será atualizado com todos os capítulos.
Rafael Morais
28 de abril de 2011

Mortal Kombat: Legacy, série online de Mortal Kombat dirigida por Kevin Tancharoen, está sendo lançada em 10 partes pela Warner Bros. Assista à websérie nesta página, que será atualizada com todos os episódios.

A série se aprofundará nas histórias de personagens da franquia e continuará a ser exibida no YouTube.

Percebemos pelos primeiros capítulos que a ideia central da série é trazer uma história mais realista para cada personagem do game. Porém, fica a dúvida quanto a Scorpion, Sub-Zero, Milena e Kitana, os personagens mais fictícios. Aguardemos...

Confira, vale a pena!

- Episódio 1 -


- Episódio 2 -


- Episódio 3 -


- Episódio 4 -


- Episódio 5 -


- Episódio 6 -


- Episódio 7 -


- Episódio 8 -

segunda-feira, 25 de abril de 2011

EM CARTAZ: RIO

Definitivamente, o Brasil é a bola da vez. 
Rafael Morais
25 de abril de 2011.

Que o nosso país ainda não é desenvolvido, todo mundo já sabe. Mas, que tem muita gente tirando casquinha dele, ah isso tem!

Ultimamente tudo que é produção gringa está vindo para cá. Amanhecer (4ª parte da saga Crepúsculo) trouxe o casal de pombinhos morceguinhos apaixonados; Velozes e Furiosos 5 - Operação Rio, desembarcou com a sua caravana carregada de testosteronas e explosivos; sem contar as inúmeras visitas de James Cameron à Amazônia, uma vez que o diretor pensa em gravar a continuação de Avatar aqui também. E ainda  seremos sede da próxima Copa do Mundo (2014) e das Olimpíadas (2016).

Fico me perguntando: será que a mão-de-obra é mais barata? A cidade maravilhosa dá o ar da graça nas locações? A corrupção, tanto policial quanto política, atrai a atenção dos gêneros de ação? As belezas naturais do Brasil são o diferencial? É tudo isso e mais um pouco.

Pegando carona nessa vibe, chega a animação Rio, do experiente diretor Carlos Saldanha (Era do Gelo 1, 2 e 3). Pelo fato de o diretor ser brasileiro, acredito que ele poderia ter explorado o Rio de Janeiro (Brasil) sob outra perspectiva, menos caricata e mais valorativa. Durante a projeção, algumas vezes, me deu uma ligeira impressão de que era o típico filme pra gringo ver e que eu estava ali de "penetra".

No entanto, como estava diante de uma animação, fiz de conta que não vi os furos de roteiro - jogo de futebol entre Brasil e Argentina em pleno carnaval - e me deixei levar pelas cativantes músicas e alegres cores que o longa apresenta do início ao fim.

A história narra a trajetória da ararinha azul Blu (voz original de Jesse Einsenberg) capturada no Rio de Janeiro e levada para o frio de Minnesota, onde é adotada por Linda (Leslie Mann). A vida dos dois é autocentrada, um toma conta do outro, e com o passar do tempo eles nem percebem que já estão tão acostumados/acomodados que a moça não tem tempo e espaço para conviver com outro ser humano, por exemplo, e que o bichinho nem sequer aprendeu a voar.

Para saírem do marasmo e mesmice daquela vida, foi preciso a chegada de Tulio (Rodrigo Santoro), um amante e estudioso dos pássaros que viajou até os Estados Unidos atrás da última arara azul macho da espécie que se tem conhecimento. Seu objetivo é levar a ave de volta ao Brasil para se acasalar com a fêmea Jade (Anne Hathaway) e assim perpetuar a espécie.

Tudo não é tão fácil quanto parece. Os contrabandista aparecem de novo no caminho das lindas ararinhas e a confusão começa.

A fotografia do filme é linda e inspiradora. Toda a "engenharia urbana", típica das favelas, está retratada de forma fiel e esplêndida. As cenas em 3D (tanto aproximação quanto profundidade) conseguem captar com precisão os mais belos ângulos do Cristo Redentor e de Copacabana, tornando, dessa maneira, um filme visual e graficamente impecável. Sem esquecer da agradável trilha sonora. 

A abertura é linda, com todas aquelas aves dançando e cantando livres e alegres, como têm que ser. Cheguei a me animar com essa cena inicial, mas a emoção foi se esvaindo até que sobrou, apenas e tão somente, a estética.

Uma pena que todos os estereótipos que os estrangeiros têm do nosso país estão inseridos na animação. E aquela gangue de macaquinhos ladrões? Desnecessário! Até porque, imitar os pinguins de Madagascar não é tarefa fácil. Aliás, se esse filme caísse nas mãos da Pixar, viraria uma jóia rara!

O Brasil tem algo mais do que bunda-carnaval-futebol? Acho que sim!






terça-feira, 19 de abril de 2011

FILME: O RITUAL

Suspense tem a fé como pano de fundo.
Rafael Morais
18 de abril de 2011.

Está comprovado que para se fazer um bom filme de terror/suspense sobre possessão demoníaca não é necessário vômito de sopa verde e nem pescoços virando. Não pensem que não sou fã do clássico O Exorcista, muito pelo contrário, penso que um filme como O Ritual é um aperfeiçoamento do gênero que sofre fortes influências do referido sucesso.

Baseado no livro The Rite, de Matt Baglio, o longa mostra um seminarista cético recém-formado que foi enviado ao Vaticano para um curso de exorcismo. O escritor resolveu relatar as experiências do referido padre, Gary Thomas, quando soube que a Santa Sé resolveu colocar um exorcista para cada diocese.

O padre teve o nome trocado para Michael Novak, vivido no filme pelo pouco conhecido, mas uma boa revelação, Colin O'Donoghue. O protagonista procura na Itália, além do curso preparatório, uma certeza sobre a existência de Deus e principalmente do Demônio. Para tanto vai à procura de um dos poucos exorcistas em atividade, Padre Lucas (Anthony Hopkins), a partir daí inicia o embate entre fé x ceticismo, bem x mal, religião x ciência.

O jovem ator O'Donoghue atua de forma convincente, passando através das feições, um ar de insegurança, desconfiança e incredulidade, tudo que o seu personagem precisava. Mas, a tarefa do ator não foi tão difícil, já que o elenco ajuda, e como ajuda. A sempre competente Alice Braga segura firmemente o seu papel de jornalista (na verdade era o escritor Baglio) que seguiu e relatou os passos do novel exorcista em suas buscas pela fé.

No entanto, quem "carrega o filme nas costas" é o monstro Anthony Hopkins, seja através de suas expressões faciais, seja pelos seus surtos geniais, a sua atuação assusta. Desde O Silêncio dos Inocentes, não o via tão inspirado. 

Apesar de Hopkins ser um dos responsáveis direto pelo competente filme, não é apenas o ator que contribuiu para esse êxito. A direção e o roteiro mantêm o clima de suspense do começo ao fim, sem ser necessário apelar para os clichês consagrados (exceto a cena do gato no vidro). As locações em Budapeste e Roma, também dão a sensação de medo e a impressão que o diabo está sempre presente.

Os diálogos são inteligentes e desafiadores, bem como os debates religiosos que fazem do filme um celeiro de questões a serem pensadas.

Recomendo!


Lembre-se: "Você não está sozinho!"

segunda-feira, 18 de abril de 2011

EM BREVE: RISE OF THE PLANET OF THE APES

O prelúdio da série Planeta dos Macacos, ganha o seu primeiro trailer.
Rafael Morais
18 de abril de 2011.

Na trama, James Franco vive um cientista que trabalha na São Francisco dos dias atuais com engenharia genética para o tratamento de doenças. César (gestos de Andy Serkis) é o nome do primeiro supermacaco, resultado de experiências para combater o Mal de Alzheimer, dotado de inteligência superior e capacidade de fala. Ao ser traído pelos humanos, César começa uma campanha violenta para reivindicar os direitos símios entre os homens.

Brian Cox faz o vilão do filme, "dono abusivo e cruel de um santuário primata", segundo descrição da Fox, e Tom Felton, o Draco Malfoy de Harry Potter, será o filho do personagem de Cox. John Lithgow (3rd Rock from the Sun) faz o pai doente de Franco e Freida Pinto, uma colega de trabalho do cientista.

WETA Digital, empresa de Peter Jackson que trabalhou na trilogia O Senhor dos Anéis, Avatar e Distrito 9, criará em Rise of the Planet of the Apes, pela primeira vez na franquia Planeta dos Macados, macacos realistas em computação gráfica.

Rupert Wyatt dirige a partir de roteiro de Amanda Silver e Rick JaffaRise of the Planet of the Apes estreia em 23 de novembro nos EUA e em 2 de dezembro no Brasil.

Se o original é ótimo, o do Tim Burton é espetacular, imagine a expectativa em torno do que virá. Pelo menos o trailer é animador. Veja:




FILME: AMOR E OUTRAS DROGAS

A embalagem é de comédia romântica, mas o produto é um típico drama. 
Rafael Morais
18 de abril de 2011.

Fazia tempo que não assistia a uma comédia romântica ,ou melhor, um drama tão encorpado como esse. Não é por causa do corpão da Anne Hathaway, é que o filme começa morno e dando a impressão de Déjà vu, porém, para a minha grata surpresa, tudo muda para melhor, sem reviravoltas, e sim com um amadurecimento dos personagens e um enredo que nos prende à tela.

Agora entendo porque Anne Hathaway (futura mulher-gato) é a bola da vez de Hollywood. A atriz considerada como a nova princesinha da terra do cinema, é puro carisma, sensualidade e talento. A sua beleza é estonteante, apaixonante... Chega, chega, vamos começar a falar do longa.

A história se passa na década de 90, quando o mulherengo Jamie Randall (Jake Gyllenhaal), larga a faculdade de medicina para trabalhar como vendedor, já que lábia ele tem de sobra. Jamie vai parar no ramo farmacêutico, como representante comercial da gigante Pfizer. Nesse ponto temos uma "pequena amostra" - me permitam o trocadilho - do que acontece no mundo de negócios inescrupulosos que norteiam as indústrias de remédios. Claro que bem mais light e superficial do que O Jardineiro Fiel, por exemplo. 

Somos apresentados à diálogos cômicos (humor negro algumas vezes) que mostram a luta dos representantes em fazerem os médicos prescreverem,a qualquer custo, o seu produto/remédio em detrimento de outros. Vale tudo, mulheres/sexo, amostras grátis, ingressos, enfim tudo pela prescrição. Vamos combinar, isso não é ficção, é fato. É mais comum do que se imagina.

E são nessas idas e vindas do intrépido garanhão que ele conhece, casualmente, a linda (cá estou eu elogiando ela de novo) Maggie Murdock (Anne Hathaway) uma mulher sexualmente descomplicada que esconde, por trás da carcaça, uma realidade bem difícil de encarar. Para Jamie, Maggie cai como uma luva, pois é tudo o que um homem como ele, sempre sonhou: Sexo casual que dispensa complicação advindas de um relacionamento.

A química do casal é impressionante, realmente "pintou o clima" entre eles. As cenas são tão quentes que fazem-nos esquecer daquela doce mocinha de Um Diário de Uma Princesa, e daquele cowboy homossexual de O Segredo de Brokeback Mountain, demonstrando assim, a versatilidade da talentosa dupla. Sem esquecer da hilariante e nostálgica trilha sonora que enriquece ainda mais o filme, músicas como Macarena, hit caracterítico dos anos 90, embala os personagens e suas desventuras.   

O boom causado pelo revolucionário Viagra, o drama daqueles que sofrem do mal de Parkinson, está tudo lá, ambientado de forma coesa e interessantíssima. Aliás, a narrativa também é um ponto alto da produção. Os diálogos nos envolvem de maneira arrebatadora e inteligente. O ponto fraco fica por conta da correria nos últimos cinco ou dez minutos finais, em que o mocinho se dá conta que está perdidamente apaixonado e sai em desabalada carreira em busca da mulher da sua vida. Totalmente clichê e piegas não acham?

Vale a pena. Recomendo! Confesso que já estou aguardando pelo próximo trabalho da bela atriz. Que venha a mulher-gato... Miauuu.  







sábado, 16 de abril de 2011

FILME: OS OLHOS DE JULIA

Produção de Guilherme Del Toro não convence. O negócio dele é na direção mesmo.
Rafael Morais
16 de abril de 2011

Quanto maior a expectativa, maior pode ser a decepção. E foi isso que aconteceu em Os Olhos de Julia. 

Na trama, Julia (Belén Rueda) é uma mulher que sofre de uma doença degenerativa nos olhos. Após encontrar sua irmã gêmea cega morta no porão, ela decide investigar o acontecido, e descobre um mundo sombrio cheio de mistérios e mortes, enquanto sua visão começa a piorar.

Quem conhece as obras de Guilherme Del Toro com certeza esperava muito mais de qualquer produção envolvendo o seu nome. O cara é um dos melhores diretores da nova geração, por isso, ele não deveria ter assinado uma produção burilada num roteiro tão confuso e fraco.

Apesar da protagonista ser a mesma do excelente O Orfanato, Belén Rueda, o filme não consegue imprimir um suspense digno. Na verdade, o longa foi idealizado para tentar fazer sucesso em festivais, como o de Toronto, e essa foi a mesma estratégia de divulgação que El Orfanato seguiu arrecadando fãs por aí afora. 

Os tropeços começam quando Julia passa a investigar o suposto suicídio de sua irmã. O chato é que no início do longa, na primeira cena, para ser mais preciso, o mistério que poderia oxigenar o suspense, cai por terra, porque vimos que realmente houve um homicídio. Tinha alguém na cena do crime que influenciou diretamente no evento morte. É uma pena!

Como se não bastasse, os clichês de filme de suspense, são inseridos de forma descarada e não orgânica, contribuindo significativamente para o seu fracasso. Não contei as vezes que, forçadamente, o enredo cria situações para deixar Julia sozinha, chega a ser cômico, pois quando ela fica só já sabemos que algo vai acontecer, ou um susto, ou o assassino aparecerá... 

Engraçado que, de repente, sem mais nem menos, o marido de Julia ( que está prestes a ficar cega) a deixa só no ambiente, como se dissesse - Vou ali e quando você levar um susto eu volto - é ridículo. 

Se tudo na vida tem o seu lado bom, o ponto alto é o elenco, principalmente a protagonista e o psicopata "invisível" (Pablo Derqui). O ator me surpreendeu positivamente, ele consegue passar uma insanidade aterrorizante no olhar. A cena em que ele tira uma faca cravada na boca de uma vítima pendurada na parede, é sensacional.

Embarquem na maravilhosa viagem de o Labirinto do Fauno, se assustem e se comovam com O Orfanato, apreciem as adaptações de Hellboy 1 e 2, se arrepiem com A Espinha do Diabo, mas façam vista grossa quanto a Os Olhos de Julia. 






sábado, 9 de abril de 2011

E A RAPADURA DE OURO DA SEMANA VAI PARA ...

Chaplin: Memorável, Genial!
Rafael Morais
09 de abril de 2011.

A obra chapliniana é uma referência para o cinema, seja na maneira inocente de se contar a história, seja na sua originalidade, Charles Chaplin é único.

Em Luzes da Cidade, encontramos Carlitos (marca registrada), um vagabundo de rua que se apaixona por uma bela florista cega. Durante a trama, Carlitos faz de tudo para conseguir o dinheiro da cirurgia que traria a visão de sua amada de volta. 

Não sou saudosista, mas o filme, apesar de antigo, é a melhor comédia romântica que já vi. Tem todos os ingredientes do gênero na medida certa. Hoje em dia os roteiristas não sabem nem copiar a receita, erram na mão, principalmente no "modo de preparo". Já que os ingredientes estão aí pra quem quiser usá-los.   

Inesquecível a cena da luta de boxe, chorei de tanto rir. Simplesmente um filme que atravessa várias gerações e continua fazendo sucesso. O segredo qual seria? Penso que a forma como Chaplin traz o seu personagem com muita inocência e carisma, talvez seja a fórmula para esse sucesso incontinente. Além do mais, o vagabundo-esperto é aquele sujeito que sabe lidar com as adversidades da vida, com muito jogo de cintura, e isso é bem peculiar a nós, brasileiros.

Chaplin é assim: as crianças o adoram, os adultos o amam. Ele consegue nos prender em frente à tela e agregar pessoas. É algo mágico! Só para terem uma ideia como isso é verdade, revi City Lights semana passada, estava eu e minha namorada assistindo ao filme no sofá.  De repente, o irmão dela chega e diz - Chaplin, massa - e senta no chão da sala, hipnotizado. A mãe dela passa, e mesmo um pouco adoentada, desaba em risos quando vê Carlitos e suas desventuras. É ou não é um fenômeno? 

Aqui em Fortaleza tem um cartório chamado Pergentino Maia, ali na av. Pe. Antônio Tomás, alguém da administração teve a brilhante ideia de colocar os filmes de Chaplin em telões espalhados por todo o cartório. O resultado é impressionante, ninguém fica de cara feia nas filas, pelo contrário, você nem sente o tempo passar.

Encantador! Assistam e postem seus comentários!








         

quinta-feira, 7 de abril de 2011

EM CARTAZ: INVASÃO DO MUNDO - BATALHA DE LOS ANGELES


Mais uma invasão alienígena ...
Rafael Morais
07 de abril de 2011.


Cansei. Definitivamente, estou cansado de filmes abordando invasões alienígenas. Ainda mais quando o pano de fundo é apenas mostrar a guerra em si, as explosões e o forte exército americano. Diferente do recente e excelente Distrito 9 - que traz uma questão ético-política - a Batalha de Los Angeles não disse para que veio.

Aquela imagem que temos de frágeis "homenzinhos verdes", são substituídas por imensos ET's fortemente armados, dando a impressão que enviaram o melhor exército do planeta para invadir a Terra. Muitas vezes durante a projeção, pensei que o mundo estava sendo invadido por robôs, de tão potentes que eram os invasores.

Esperava bem mais do longa, haja visto que o protagonista é o bom Aaron Eckhart, no papel de um veterano de guerra de passado tão sombrio quanto condecorado. Ao lado dele está o jovem tenente (Ramón Rodriguez) que vive um militar com um excelente currículo na academia, mas sem nenhuma experiência na prática. A relação entre os dois oficiais é interessante (Pragmatismo x Doutrina), mas não salva o filme. 

Quando os fuzileiros recebem a missão de resgatar civis presos dentro de uma delegacia é que as coisas esquentam. No meio do percurso, eles encontram um pelotão desorganizado com alguns sobreviventes, entre eles a piloto Elena Santos (Michelle Rodriguez), não podia ser outra atriz, já está caricata nesse papel. Em cada 10 personagens vividos pela atriz, 11 são militares do sexo feminino explodindo em testosterona.

O mais ridículo é o motivo pelo qual há a invasão, acreditem, os ET's vieram buscar água no nosso planeta. Logo água, um bem cada vez mais raro aqui na Terra. Por isso gosto de filmes como Avatar, por exemplo, que mostra os seres humanos invadindo/desbravando outros planetas em busca de recursos naturais, já que nós temos a nefasta tendência de consumir tudo ao nosso redor sem pensar nas próximas gerações.  

Você pode está se perguntando, por que essa avaliação de duas rapaduras então? Não se engane, elas só valem pelos efeitos visuais e especiais e só. As trincheiras e guerrilhas urbanas são bem montadas e os robôs alienígenas botam pra quebrar com o seu poder bélico devastador.

Os ET's devem estar se questionando: Por que os terráqueos acham que nós temos ganância em invadir o mundo deles? Acredito que eles não fazem questão. Podemos ficar tranquilos. 







quarta-feira, 6 de abril de 2011

FILME: BRAVURA INDÔMITA

Bravura Indômita: Fiel ao romance original e superior à primeira versão. Filmaço!
Rafael Morais
06 de abril de 2011.

Que os irmãos Coen são talentosos, não tenho dúvida, mas os "caras" conseguiram se superar. Mesmo depois dos excelentes Onde os Fracos não tem vez (Vencedor de Oscar) e Um Homen Sério, parece que a dupla está sempre inspirada, e dessa vez, tiraram da cartola um remake western que tinha John Wayne como personagem principal, e sinceramente, a versão atual ficou bem melhor que a original.

O longa narra a história de uma "menina" de 14 anos (Haliee Steinfeld) que está buscando vingança pela morte de seu pai. Para tanto, ela contrata Reuben "Rooster" Cogburn (Jeff Bridges), um federal brutamontes e bastante temperamental. O assassino é o imprestável Tom Chaney (Josh Brolin) que também é perseguido pelo texano LaBoeuf (Matt Damon).

Nunca pensei em comentar e, principalmente, gostar de um filme de bang-bang, uma vez que não me apetece este gênero. Mas, Bravura Indômita é diferenciado. Desde a linguagem, diálogos e elenco até a trilha, tudo ocorre de forma harmônica na trama.

Fiquei admirado com a excelente atuação de Hailee Steinfeld (Mattie Ross), a garota é um show à parte. Aquelas negociações com os comerciantes e na funerária, fazem-nos perguntar se realmente a “pobre menina” (que de fraca não tem nada) acabara de perder o pai. A sua determinação e coragem são impressionante.

A marca registrada dos Coen (Joel e Ethan), que é o humor sarcástico/negro, também está lá e funciona perfeitamente tendo em Bridges o seu ponto focal. Sem contar que uma das últimas cenas (a cavalgada) é impecável, onde a magnífica fotografia, a trilha sonora ao fundo, enfim, todo o clímax favorece para um desfecho memorável. De fato, o remorso e o arrependimento parecem oxigenar os pulmões de Cogburn, afinal, por trás daquela figura durona está um pai - em busca de redenção - que nunca teve a chance de sê-lo de verdade. 


Bravura Indômita: o "novo velho oeste". Emocionante!


Ah, ia esquecendo, não é porque sou da área jurídica, mas a cena do interrogatório no tribunal, é fantástica. Repare como o ex-xerife se esquiva das acusações e ainda tira sarro da justiça. Bem contemporâneo, não acham? 





segunda-feira, 4 de abril de 2011

NOS PALCOS: CACOS DE FAMÍLIA

A típica molecagem cearense!
Rafael Morais
04 de abril de 2011.

Não há como negar, o humor cearense é diferenciado! Seja nas "gaiatices", nas vaias ou no vocabulário, a "nossa" comédia é muito peculiar.

O espetáculo é da Cia. Cearense de Molecagem (criada há mais de 19 anos) e é baseado no programa televisivo Casos de Família. Pra quem já teve o desprazer de ver o programa, terá o prazer de apreciar esta adaptação. 

Enquanto que no Sul do país, os stand-up's tomam conta dos palcos, aqui, no Ceará, a nossa maneira de rir e fazer rir não mudou. A peça "Cacos de Família" é um exemplo disso. 

Recheada de estórias, personagens e uma linguagem extremamente regional, a montagem funciona de forma harmônica entre os atores e a plateia, não só pela nossa participação durante a apresentação, mas também porque somos cearenses e tudo me parece que foi elaborado para nós mesmos (os cabeças chatas).

O sucesso da peça se deve, indiscutivelmente, ao talentoso Carri Costa (ator, humorista, comediante, roteirista, diretor), um artista polivalente e competente em qualquer desses segmentos. Além de tudo, o ator ainda é um apaixonado pela "terrinha" - quero fazer sucesso aqui e não pretendo sair - foi o que ele expressou em entrevista recente ao divulgar a peça.

A insistente e recorrente falta de patrocínio é lamentável. A nossa cultura popular merece uma melhor valorização. A falta de recursos e até o espaço físico do teatro da praia não ajuda na apresentação do espetáculo. O Carri é um guerreiro mesmo, pois não é fácil fazer teatro/arte aqui no Ceará. É só lembrar do seu outro sucesso de público (Tita & Nic) que, inclusive, me rendeu muito mais gargalhadas, entretanto me veio a mesma percepção de descaso por parte do poder público e o incentivo à cultura.


"Vamu lá se abrir negada, a acanalhação é garatinda! "







    



sábado, 2 de abril de 2011

E A RAPADURA DE OURO DA SEMANA VAI PARA ...


A Saga da família Corleone: Uma Trilogia Clássica e Obrigatória!
Rafael Morais
02 de abril de 2011


Preparamos um especial sobre a obra, contendo detalhes que cercaram a produção e as resenhas dos três filmes. 


Era final dos anos 60 quando Francis Ford Coppola assumiu a direção do ambicioso projeto Poderoso Chefão (The Godfather, 1972, EUA) da Paramount Pictures. O filme que o diretor tinha em mãos era uma adaptação de um romance do escritor Mario Puzo. A partir daí, Coppola passou a trabalhar ininterruptamente no romance, lendo e relendo o livro inúmeras vezes.

Com o roteiro pronto, o diretor passou a sugerir nomes para os papéis principais. Problemas à vista com a produtora. Se você disser o nome de Marlon Brando mais uma vez, está despedido, disse o Presidente da Paramount na época para o jovem diretor. Ora se Brando não era aceito (por sua notória excentricidade) o que dizer do desconhecido Al Pacino, um ator que só tinha experiência em teatro, era considerado uma piada de muito mal gosto pelos executivos. 

O fato era que Coppola não imaginava outro ator no papel de Michael Corleone. Tinha que ser Al Pacino. Seu rosto era perfeito, afirmava o diretor sobre a escolha. Os produtores, não convencidos, solicitaram uma enorme quantidade de testes, ao total mais de centenas de candidatos foram testados para o papel.

Mal sabiam os produtores que Coppola era insistente e a cada nova leva de testes, ele sempre dava um jeito de colocar um novo teste de Pacino. Acabou vencendo pelo cansaço. No entanto um espião estaria o acompanhando na gravação das cenas e ao menor descontentamento dos produtores, Pacino seria demitido e substituído imediatamente. Eu sei que não sou desejado, disse o ator na época. 

Ainda faltava convencê-los de Marlon Brando para o papel de Don Vito Corleone, e isso foi um pouco mais fácil. Apesar da fama de encrenqueiro e de não ser pontual com horários. Coppola deu sua palavra que Brando trabalharia sério. Além do mais, os testes do ator ajudaram muito para a sua escolha. Foi dele a ideia de inserir as próteses nas bochechas para que ficasse com aquela aparência excêntrica e a voz arrastada, ou seja, nascia ali, na criação de um personagem, um mito na história do cinema.

As filmagens 

No início das filmagens, Coppola era desacreditado e ridicularizado por toda a equipe de produção. Só quem acreditava nele e nas suas ideias eram os atores. Sem muito recurso -orçamento inicial era de US$ 2,5 milhões, estourou e passou para US$ 6,5 milhões - sem dinheiro, muitas das cenas foram feitas por equipes com escassos recursos técnicos e de pessoal. Com isso, Coppola teve que contar com a ajuda de alguns amigos, entre eles, George Lucas (olha o amigo do cara), para a concretização de algumas cenas.

Com tantos percalços, o diretor esteve na corda bamba durante a primeira semana de gravações. Percebendo que a situação estava insustentável atuou como um verdadeiro Don. Demitiu diversos profissionais da equipe, seus traidores junto aos executivos da Paramount, o que causou uma reviravolta na produção e adiou sua saída por mais alguns dias. Nesse intervalo aproveitou para refazer algumas cenas e demonstrou toda a sua capacidade para dirigir o longa.

- O Poderoso Chefão -




O filme narra a primeira parte da saga dos Corleone. No comando da mafiosa famiglia  está o magistral Marlon Brando na pele do inesquecível Don Vito Corleone. O respeitado Don controla os "negócios" da família, inserida em uma Nova Iorque próspera e crescente dos anos 40 e 50, onde o sonho americano ainda existia. Nesse contexto, os conflitos com outras famílias e dons (imigrantes ou não) eram inevitáveis.


Don Corleone tem na figura dos seus filhos - Sonny (James Caan), Fredo (John Cazale), Connie (Talia Shire) e Michael (Al Pacino) -  e na honra de sua família seus verdadeiros bens e valores. Na gerência das negociações o poderoso Don, sempre que possível, inclui o seu "braço direito/homem de confiança" o sábio consigliere (o conselheiro, Robert Durvall). E nessas cenas que mostram os business beiram a perfeição, tendo nelas um ponto forte do filme.


Contudo, não pense que esses negócios se resumem à problemas de ordem financeira, pagamento de contas, por exemplo. São mafiosos de verdade, e que passam um realismo impressionante às cenas. Para tanto, existem assassinatos, encruzilhadas, traições e toda a violência que Coppola não gosta muito de dirigir. Cogitou-se na época que seria contratado um diretor específico para as cenas com esse teor, porém, não foi necessário, pois o brilhante diretor encontrou uma interessante saída para lhe dar com o "lado negro" da máfia.


O diretor utilizou de elementos sutis que distraíssem o público (na realidade, ele mesmo estava se distraindo) das cenas mais pesadas. Exemplos disso são as laranjas rolando no asfalto durante um tenso tiroteio, o pé de uma vítima para fora do para-brisas durante sua execução por estrangulamento e muitas outras cenas incorporadas para dar textura à violência.
O resultado de tanto esforço foi um filme grandioso, ricamente ilustrado em todos os sentidos. 

Um sucesso de crítica e de público que acabou rendendo três Oscar - melhor filme, roteiro e ator (Marlon Brando, que se recusou a receber o prêmio por detestar Hollywood) e tornou-se um clássico imortal do cinema.

A aceitação de O Poderoso Chefão acabou fazendo com que Coppola assumisse a direção e o controle total do segundo filme da série - O Poderoso Chefão Parte II, desta vez com liberdade criativa e US$11 milhões de orçamento.
Inesquecíveis as cenas na inspiradora Sicília, do tiroteio na barraca de frutas, do duplo assassinato no restaurante entre outras. Mesmo após 20 anos de seu lançamento essas cenas continuam vivas em nossas memórias.

- O Poderoso Chefão (Parte II) -
Na segunda empreitada da dupla Puzo e Coppola, há uma inovação na maneira de como contar a história, ou melhor, são duas histórias ao mesmo tempo.
A primeira é a continuação de O Poderoso Chefão. Agora, com um Michael mais maduro e ousado no controle da família. O foco passa a ser outro, no lugar do contrabando há o investimento nos jogos de azar (cassinos em Las Vegas). Michael passa a enfrentar não apenas seus inimigos de praxe (outras famílias de mafiosos), mas também os federais que querem a todo custo desmascará-lo e trazê-lo à justiça.

Em paralelo, o filme apresenta toda a infância e mocidade de Vito Andolini, que mais tarde seria o Don Vito Corleone.

As sequências belíssimas gravadas na Sicília mostra as motivações que levaram o menino Vito (interpretado pelo sensacional Robert De Niro) a emigrar para a América.

Com o novo filme, Coppola e Puzo conseguiram o que parecia impossível... realizaram uma produção tão competente quanto a original. Como reconhecimento, Oscar de melhor filme, direção, roteiro adaptado e ator coadjuvante (Robert de Niro)

Salvo engano, foi a 1ª vez que uma continuação ganhou um Oscar.  


 - O Poderoso Chefão (Parte III) -

Dezesseis anos se passaram entre a parte II e III, nessa última, Puzo e Coppola se unem novamente para trazer a baila a última parte do épico. A morte de Michael Corleone (título originalmente concebido (não estou fazendo spoiler), o título foi recusado pelos produtores que preferiram dar sequência ao Parte II.

Na terceira parte, carregada de uma carga dramática/emotiva, Michael Corleone já está velho e arrependido. Depois de tanto tempo a frente da família, ele está cansado e tenta a todo custo legalizar os negócios escusos.

O caçula dos Corleone parece buscar o perdão pelo seu passado negro, principalmente pelo sangue em sua mãos. O caçula dos Corleone se depara com a sua dura realidade, a família não foi a prioridade durante esse tempo e seus filhos não o admiram e nem o seguem. Pelo contrário. Michael percebeu que o poder o havia corrompido e o tempo, inexoravelmente, passou. 

Al Pacino cala a boca de todos aqueles que o desacreditaram e carrega o filme nas costas.


Participam do filme Andy Garcia, como o filho bastardo de Sonny - Vincent, e Sofia Coppola, filha do diretor, como a filha de Michael - Mary.


Um verdadeiro divisor de águas na história do Cinema.