A espera acabou em 26/04/2012. Na sessão de
0h05min., no cinema do Via Sul, aqui em Fortaleza, assisti a tão aguardada
pré-estreia de “Os Vingadores”. Foi com muito entusiasmo que presenciei a
reunião de alguns dos maiores super-heróis da cultura pop em um filme vibrante
que nos remete a nossa infância e adolescência. Madrugada adentro, o público vibrava tal qual um
estádio lotado numa partida de futebol. Nunca tinha visto isso antes. Foi impossível não bater
palmas em algumas cenas. Me empolguei como um adolescente, vibrei como uma
criança. Simplesmente inesquecível!
Na trama, Loki (o talentosíssimo Tom Hiddleston), o irmão adotivo de Thor, chega à Terra com o intuito de dominá-la com o poder do Tesseract (também conhecido como Cubo Cósmico). Aliado aos alienígenas de outra dimensão, o vilão planeja abrir um portal para que a Terra seja invadida e ele possa governar o planeta.
Para combater o sujeito, Nick Fury (Samuel L. Jackson), diretor da SHIELD (agência internacional de contraespionagem) reúne “os heróis mais poderosos do planeta”: o Homem de Ferro (Robert Downey Jr., que nasceu para esse papel), um gênio milionário; Thor (Chris Hemsworth), um deus de Asgard; Capitão América (Chris Evans), um soldado da Segunda Guerra Mundial e Bruce Banner (Mark Ruffalo), um cientista brilhante que não pode ficar nervoso.
Interessante perceber que o desenrolar do filme - com duração de 142 min. - não tem pressa em acontecer, por isso somos apresentados ao Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), a Viúva Negra (Scarlett Johansson) e aos demais membros da equipe de Fury em meio a um prólogo que, apesar de arrastado, se faz necessário em virtude da necessidade de firmar a trama e introduzir os personagens. A partir daí, o longa ganha ritmo e força (e coloca força nisso), com os heróis se estranhando em embates tanto verbais, através de diálogos hilários e bem sacados, quanto físicos. No entanto, um trágico acontecimento e o ataque brutal ao porta-aviões da SHIELD são a motivação que a equipe precisa para tornar-se coesa.
E graças ao talento do diretor/roteirista Joss Whedon, o longa mantém o nível da narrativa dramática sempre elevado, apostando no humor (tiradas cômicas e autoparódias ditam o ritmo) para cativar o público. Os diálogos afiados e as piadinhas sarcásticas (principalmente por conta de Downey Jr.), não apenas aliviam a tensão, mas divertem, como uma produção do gênero deve ser.
Outro grande desafio, cumprido com maestria, foi conseguir dar o tempo de tela que cada um merecia, sem menosprezar, ou mesmo, preterir um ou outro herói. Assim, todos têm a sua importância na trama.
Enfim, Os Vingadores - The Avengers é um filme de ação bem estruturado que explora os pontos fortes de todo seu elenco e dá ao fã - leitor ou novato, que conheceu esse universo no Cinema - exatamente o esperado. Entra, desde já, como mais um marco na celebrada história da Marvel. Sem dúvida, um dos melhores filmes de super-herói já realizado.
*Avaliação: 5,0 Pipocas + 5,0 Rapaduras = 10,0.