Por Rafael Morais
O filme narra a primeira parte da saga dos Corleone. No comando da mafiosa famiglia está o magistral Marlon Brando na pele do inesquecível Don Vito Corleone. O respeitado Don controla os "negócios" da família, inserida em uma Nova Iorque próspera e crescente dos anos 40 e 50, onde o sonho americano ainda existia. Nesse contexto, os conflitos com outros clãs e dons (imigrantes ou não) eram inevitáveis.
O patriarca tem na figura dos seus filhos - Sonny (James Caan), Fredo (John Cazale), Connie (Talia Shire) e Michael (Al Pacino) - e na honra de sua família seus verdadeiros bens e valores. Na gerência das negociações o poderoso Don, sempre que possível, inclui o seu "braço direito/homem de confiança" o sábio consigliere (o conselheiro, Robert Durvall). E nessas cenas que mostram os business beiram a perfeição, tendo nelas um ponto forte do longa.
Contudo, não pense que esses negócios se resumem à problemas de ordem financeira, pagamento de contas, por exemplo. São mafiosos de verdade, e que passam um realismo impressionante às cenas. Para tanto, existem assassinatos, encruzilhadas, traições e toda a violência que Coppola não gosta muito de dirigir. Cogitou-se na época que seria contratado um diretor específico para as cenas com esse teor, porém, não foi necessário, pois o brilhante diretor encontrou uma interessante saída para lhe dar com o "lado negro" da máfia.
O cineasta então utilizou de elementos sutis que distraíssem o público (na realidade, ele mesmo estava se distraindo) das cenas mais pesadas. Exemplos disso são as laranjas rolando no asfalto durante um tenso tiroteio, o desfoque, o pé de uma vítima para fora do para-brisa de um carro durante sua execução por estrangulamento e muitos outros truques incorporados para dar camadas e textura à violência.
O patriarca tem na figura dos seus filhos - Sonny (James Caan), Fredo (John Cazale), Connie (Talia Shire) e Michael (Al Pacino) - e na honra de sua família seus verdadeiros bens e valores. Na gerência das negociações o poderoso Don, sempre que possível, inclui o seu "braço direito/homem de confiança" o sábio consigliere (o conselheiro, Robert Durvall). E nessas cenas que mostram os business beiram a perfeição, tendo nelas um ponto forte do longa.
Contudo, não pense que esses negócios se resumem à problemas de ordem financeira, pagamento de contas, por exemplo. São mafiosos de verdade, e que passam um realismo impressionante às cenas. Para tanto, existem assassinatos, encruzilhadas, traições e toda a violência que Coppola não gosta muito de dirigir. Cogitou-se na época que seria contratado um diretor específico para as cenas com esse teor, porém, não foi necessário, pois o brilhante diretor encontrou uma interessante saída para lhe dar com o "lado negro" da máfia.
O cineasta então utilizou de elementos sutis que distraíssem o público (na realidade, ele mesmo estava se distraindo) das cenas mais pesadas. Exemplos disso são as laranjas rolando no asfalto durante um tenso tiroteio, o desfoque, o pé de uma vítima para fora do para-brisa de um carro durante sua execução por estrangulamento e muitos outros truques incorporados para dar camadas e textura à violência.
O resultado de tanto esforço foi um filme grandioso, obrigatório e ricamente ilustrado em todos os sentidos. Um sucesso de crítica e de público que acabou rendendo três Oscar - melhor filme, roteiro e ator (Marlon Brando, que se recusou a receber o prêmio por detestar Hollywood) e tornou-se um clássico imortal do Cinema.
A aceitação de O Poderoso Chefão acabou fazendo com que Coppola assumisse a direção e o controle total do segundo filme da série - O Poderoso Chefão Parte II, desta vez com liberdade criativa e US$11 milhões de orçamento.
Inesquecíveis as cenas na inspiradora Sicília, do tiroteio na barraca de frutas, do duplo assassinato no restaurante entre outras. Mesmo após 50 anos de seu lançamento essas imagens continuam vivas em nossas memórias.
* Avaliação: 5,0 Pipocas + 5,0 Rapaduras = nota 10.