A rotina da estranha família Collins é mudada quando Barnabas Collins, um vampiro de 175 anos, é despertado de seu caixão e decide voltar ao convívio da família.
Comédia/Horror - (Dark Shadows) EUA, 2012. Direção: Tim Burton. Elenco: Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Michelle Pfeiffer, Chlöe Moretz, Thomas McDonell, Jackie Earle Haley, Bella Heathcote, Eva Green, Jonny Lee Miller, Gulliver McGrath. Duração: 113 minutos. Classificação: 14 anos.
Adaptação da peça de Marcelo Rubens Paiva, que acompanha três amigos do trabalho para o bar, discutindo suas relações, zoando uns com os outros e reclamando das mulheres.
Comédia - Brasil, 2012. Direção: Felipe Joffily. Elenco: Bruno Mazzeo, Marcos Palmeira, Emilio Orciollo Netto, Laura Neiva, Dira Paes, Juliana Schalch, Tainá Müller. Duração: 100 minutos. Classificação: 14 anos.
Robert Rodriguez confirma a contratação no Twitter.
Rafael Morais
22 de junho de 2012.
Charlie Sheen e Robert Rodriguez
Machete Kills, a continuação de Machete, terá ninguém menos que Charlie Sheen como o presidente dos Estados Unidos. Quem deu a notícia foi o diretor Robert Rodriguez, que está usando seu Twitter para soltar fotos e novidades do set em Austin, no Texas.
"Acabo de colocar Charlie Sheen em #machetekills como o presidente dos Estados Unidos! Quem melhor? Mais em breve...", publicou. Vale lembrar que o pai do ator, Martin Sheen, já viveu o presidente em The West Wing, o que dá à contratação uma divertida aura de "familia Bush".
No filme, em uma nova missão, desta vez a pedido do próprio presidente dos Estados Unidos, o ex-federalemexicano Machete (Danny Trejo) terá o desafio de derrotar um perigoso líder de um cartel (Mel Gibson), que ameaça o governo com ataques nucleares.
O elenco tem ainda as voltas de Michelle Rodriguez e Jessica Alba, além das estreias de Zoë Saldana (Star Trek), Demián Bichir, Sofia Vergara, Edward James Olmos e Amber Heard. Mais nomes devem ser oficializados nos próximos dias.
A Imagem Filmes lançará o longa no Brasil em 2013.
Charlie Sheen está prestes a estrear sua nova série, Anger Management, no dia 28 nos EUA.
Megalomaníaco nas propostas, porém, modesto nas respostas. Rafael Morais 18 de junho de 2012.
Antes de qualquer coisa, vale ressaltar que muitos críticos estão "descendo a lenha" nesse novo trabalho de Ridley Scott - o cineasta não filma um Sci-Fi desde Blade Runner (1982) - como se esperassem um reboot de Alien - O Oitavo Passageiro (1979). Na verdade, o que se aproveita aqui em Prometheus é muito mais o universo da franquia, do que propriamente o roteiro ou o gancho com as outras fitas. A bem da verdade é que de prequel de Alien o filme não tem nada. Sabemos quePrometheus está longe de ser um
desses trabalhos mais conceituados de Scott, mas também não pode ser visto com
um olhar indiferente/torto, como anda acontecendo.
Presenciamos o retorno de Scott à ficção científica voltada para a ação, coisa que ele sabe fazer muitíssimo bem. A ambientação é marcante e, mesmo que o público médio não perceba, é levado a reconhecer esse ambiente. Deixando os efeitos especiais arrebatadores apenas para quando são necessários - é tanto que o elenco do filme se surpreendeu com os cenários/objetos de cena realistas, feitos à mão, sem necessariamente utilizar-se das técnicas de CGI (computação gráfica) - há muitos cenários sendo feitos em estúdio de maneira convincente, à moda antiga, resgatando um tipo de ficção que não se faz mais, suja, explícita, escura, caótica, sem frescuras, onde a automação ainda não é regra, e os humanos são indispensáveis ao funcionamento dos maquinários, acompanhando a tecnologia. Méritos para a direção de arte ao refletir o perfeccionismo e o carinho do cineasta para com a franquia.
Aliás, tecnicamente, não há nada adverso ou desconexo no filme, a não ser a fraca e contida trilha sonora que não acompanha o seu clímax. A fotografia perfeita conecta genialmente os filmes ao recriar aqui a mesma ambientação alcançada lá no final dos anos 70. Mas, como dissemos é apenas uma conexão para situar o espectador no mesmo universo. Contudo, o tipo de abordagem é diferente, os objetivos são diferentes. Não estamos enclausurados em uma nave em busca de sobrevivência (Nostromo), mas sim em um planeta distante da Terra em busca de respostas sobre a existência humana.
A história traz acontecimentos após indícios de que o homem pode ter vindo de uma raça alienígena - o prólogo/introdução é uma bela sequência -, fazendo com que uma expedição embarque na nave Prometheus, seguindo pistas até um planeta distante, onde descobrem perigos que não colocam apenas suas vidas em risco, mas também de toda a humanidade.
Lógico que Scott não é Kubrick - falta bastante feijão com arroz - e muito menos Tarkovsky, mas as inspirações tanto em 2001: Uma Odisséia no Espaço (2001: A Space Odyssey, 1968) quanto em Solaris (Solyaris, 1972) são óbvias. Sem dúvida, Prometheus é muito mais filosófico em seu discurso do que Alien; mais pensativo do que nervoso, e isso cria um clima mais épico, principalmente pelas imagens distantes; fantásticos planos abertos/gerais que mostram naves imensas, que perto de planetas ficam minúsculas, assim como montanhas, chuvas e demais ambientações magníficas. Visualmente, Prometheus é impecavelmente rico e proporciona uma experiência como poucos filmes do gênero conseguem hoje.
O sentimento é de que estamos vendo um trabalho dos anos 80 feito nos dias contemporâneos, com direito a luz contra a lente e tudo, tanto por seu desenvolvimento paciente quanto por suas decisões e personagens.
Apesar de contar com um vasto elenco, há dois nomes que devem ser destacados dos demais. Michael Fassbender é David, o andróide apresentado no começo do filme que auxilia a equipe com informações e tudo o que for necessário. Apesar de estar sempre com um discurso amigável, suas intenções não ficam evidentes, ao menos que você perceba que ele é programado pela Weyland, empresa cujo dono é o personagem vivido por Guy Pearce, um mega-bilionário que não se conforma com a velhice e morte, e financia a incursão da equipe por outras luas em busca de respostas.
Com isso, David se torna o personagem mais complexo e interessante de Prometheus, seja pelos diálogos significantes e confrontantes com os humanos, seja pela falta de alma e excesso de racionalidade. Sua inspiração em Hal 9001 de 2001 é clara e pertinente. Já Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) é a nova Ripley e sofre com a sombra da heroína do filme original. Porém, Noomi se sai maravilhosamente bem e convence não apenas como intelectual, mas quando precisa lutar por sua vida – Scott sempre se deu bem com personagens femininas fortes. A sequência da cena da operação é uma das mais tensas do filme, fazendo vários espectadores virarem o rosto.
Já o roteiro, mesmo que problemático, faz uma bela metáfora ao relacionar a mitologia grega de Prometeus: O deus que lutou pelo bem estar dos homens, inclusive dando-lhes o fogo. Descendente dos titãs destronados por Zeus, chegou à terra e descobriu-a abandonada pelos céus, habitada por plantas e animais, mas faltava a criatura que fosse o senhor da terra. Por isso apanhou um bocado de argila e molhou com um pouco de água de um rio e com essa massa fez o homem, à semelhança dos deuses, e pegou as almas boas e más dos animais, animando sua criatura. Traçando um paralelo a isso, repare na cena em que o "Engenheiro", nome dado à raça alienígena, o criador, acorda do sono profundo e constata que o "fogo" foi disseminado pelo ser humano, concebido por ele como sua imagem e semelhança, mas que de forma equivocada/anômala, destrói o seu próprio planeta, não respeita o meio-ambiente e brinca de ser deus ao conceber um robô, David, falante e artificialmente inteligente. Isso causa a ira do Engenheiro, trazendo consequências trágicas.
Encerrando sem fechar tudo o que abriu para discussão, sem acompanhar o grandioso propósito com respostas a altura, Prometheus é uma viagem sensacional que se prende em excesso à parte filosófica, e isso não seria problema se o argumento apresentasse a réplica para as suas teses. Nesse sentido, provavelmente, o resultado irá decepcionar quem espera um discurso um pouco mais profundo. Porém, quando o filme esquece disso, volta a ser aquilo que faz de melhor e que todos esperavam dele: entretenimento eficiente, terror psicológico intenso, abastecido por uma produção impecável e personagens com força para marcar história, percebemos que estamos diante de um épico Sci-Fi, sem sombra de dúvidas.
Homem é homem, macaco é macaco e Prometheus é Prometheus, e não Alien, como assim alguns esperam.
Hoje se comemora o Dia do Cinema Brasileiro. A data escolhida pela Ancine (Agencia Nacional do Cinema) não é aleatória: Em 19 de junho de 1889 o primeiro filme em movimento genuinamente brasileiro foi rodado, pelo cinegrafista italiano Afonso Segreto ao chegar da Europa a bordo do navio Brèsil. Antes de pisar em terra firme, fez imagens da entrada da baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. A partir daí, ele e seu irmão Paschoal Segreto começaram a registrar os principais acontecimentos do país, sendo os únicos produtores brasileiros até 1903.
O primeiro estúdio de cinema só surgiria em 1930. Instalado no Rio, a Cinédia levava ao público comédias musicais e dramas populares. Em 1941, surgiu a Atlântida, filmando as inesquecíveis chanchadas (comédias muito populares, de baixo custo), que marcaram época. “Não Adianta Chorar”, de Watson Macedo, e “Nem Sansão Nem Dalila”, de Carlos Manga, fizeram enorme sucesso.
No fim da década de 1940, foi fundada a Vera Cruz, considerada na época a “Hollywood brasileira”. O estúdio, que tinha à frente o italiano Franco Zampari e o cineasta pernambucano Alberto Cavalcanti, tinha intenção de criar filmes bem ao estilo hollywoodiano. “O Cangaceiro”, rodado em 1952 por Lima Barreto, conseguiu entrar no circuto internacional – foi premiado no Festival de Cannes -, começando uma fase de histórias sobre o cangaço. Com tal repercussão, a obra foi levada para 80 países e vendido para a Columbia Pictures. Apesar de todo esse sucesso, a Vera Cruz acabou falindo.
O fim do sonho dos grandes estúdios deixou o bastão da arte cinematográfica brasileira nas mãos de diretores como Nélson Pereira dos Santos, de “Rio 40 graus”, Anselmo Duarte, de “O Pagador de promessas” e Walter Hugo Khouri, de “Noite Vazia”. O comediante Amácio Mazzaropi, uma das estrelas da Vera Cruz, montou sua própria produtora em 1963, e com seu jeito único de fazer graça, se tornou um fenômeno de bilheteria, influenciando toda uma geração de humoristas ao criar tipos caipiras como Jeca Tatu. Nesse mesmo ano, também se destacou a produção de Glauber Rocha “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, além de “Macunaíma”, de Joaquim Pedro de Andrade.
Com o surgimento da Embrafilme, em 1969, o governo passou a financiar as produções, além de distribuir as fitas. Em meados da década de 1970, Renato Aragão iniciou uma carreira bem sucedida dos filmes estrelados por sua trupe, protagonizando “O Trapalhão no Planalto dos Macacos”. Desta primeira fita até a última, “Simão – O Fantasma Trapalhão”, rodada em 1998, Didi Mocó Sonrisal Colesterol do Fumo detém o conjunto da maior bilheteria do cinema brasileiro. Bruno Barreto também tem sua cota de bilheteria, ao alcançar 12 milhões de espectadores (de 1976 a 1998), com “Dona Flor e seus Dois Maridos”.
Rico em produções, os anos 1980 trouxeram pérolas como “Marvada carne”, de André Klotzel, “Eles não usam Black Tie”, de Leon Hirszman, ganhador do Leão de Ouro em Veneza, em meio a outros filmes de repercussão internacional, como “Memórias do cárcere”, de Nélson Pereira dos Santos, “Pixote – A Lei do Mais Fraco” e “O Beijo da Mulher Aranha”, de Hector Babenco, “Parahyba Mulher Macho”, de Tizuka Yamazaki e “Eu Sei Que vou te Amar”, de Arnaldo Jabor.
A década de 1990 começou mal. O cinema nacional enfrentou dificuldades com os cortes do financiamento oficial e a extinção da Embrafilme. A situação só começou a melhorar em 1993, quando foi criada a Lei do Audiovisual, que promovia novos investimentos por parte do governo federal. Dois anos depois, apareceram as primeiras produções de peso, como “Carlota Joaquina: Princesa do Brasil”, de Carla Camurati – considerado um marco da retomada – que alcançou 1,2 milhão de espectadores.
Cinco anos depois, “Central do Brasil” de Walter Salles conquista as bilheterias, chegando mesmo a receber um Urso de Ouro em Berlim. Fernanda Montenegro, a protagonista, é indicada ao Oscar na categoria de Melhor Atriz. Em 2002, o cinema brasileiro conquista de vez o mundo com “Cidade de Deus” de Fernando Meirelles, recebendo 4 indicações ao Oscar e sendo considerado pela revista Time um dos 100 melhores filmes da história.
Já em 2011, “Tropa de Elite 2″ de José Padilha, continuação do longa de 2007, se torna a maior bilheteria nacional de todos os tempos, ultrapassando a marca de 12 milhões de espectadores de “Dona Flor”. A comédia “Se Eu Fosse Você” de Daniel Filho também é destaque, adaptada ao cinema americano e ao francês, mostrando que o sétima arte nacional está em franca expansão.
Atualmente, o cinema brasileiro é considerado um dos melhores do mundo, mas ainda encontra dificuldades em se estabelecer como indústria. Apesar dos tropeços, o país tem conseguido produzir filmes de qualidade em consonância com seus diversos públicos. 19 de junho, portanto, é motivo para muita comemoração. Viva o Cinema Nacional!
A Summit Entertainment divulgou o primeiro trailer de Sinister, filme de horror que parece ser um mix de “8 Milímetros” com “Evocando Espíritos”. O longa de baixo orçamento foi escrito e dirigido por Scott Derrickson (“O Exorcismo de Emily Rose”) e a produção é do mesmo Jason Blum responsável pelos recentes sucessos ”Atividade Paranormal” e “Sobrenatural”.
Na história, um escritor de livros policiais (Ethan Hawke, de “Gattaca – Experiência Genética”) em busca de inspiração para um novo trabalho literário, se muda com sua mulher e filhos para uma casa onde uma família inteira foi assassinada. Ao descobrir uma caixa com antigas filmagens caseiras no sótão do lugar, inicia uma investigação que o leva a uma perigosa entidade sobrenatural, capaz de colocar a todos em perigo.
Além de Hawke, o elenco ainda é composto por Vincent D’Onofrio (da série “Law and Order: Criminal Intent”), James Ransone (“72 Horas”) e Fred Dalton Thompson (“Secretariat”), entre outros. Assista a prévia legendada abaixo que, apesar dos cliches, assusta bastante e arranca bons sustos:
Sinister estreia em 24 de agosto nos EUA e 05 de outubro nos cinemas brasileiros.
Resident Evil: Retribuição, quarta sequência da interminável saga zumbi sci-fi teve o seu trailer completo divulgado. Exceto os personagens, quase nada dos games homônimos está presente na história deste novo longa, novamente estrelado pela bela Milla Jovovich (“Visões De Um Crime”) e dirigido por Paul W. S. Anderson (“Os Três Mosqueteiros”).
Na trama, o mortal T-Vírus da Umbrella Corporation continua assolando a Terra, transformando a população global em legiões de mortos-vivos sedentos por carne. Alice (Jovovich), desperta dentro do coração de uma unidade clandestina da poderosa corporação e descobre mais sobre seu misterioso passado a cada passo dentro do complexo.
Sem um porto seguro, ela continua a caçar os responsáveis pela contaminação – uma perseguição que a leva de Tóquio a Nova York, Washington e Moscou, culminando em uma revelação que a forçará a repensar tudo aquilo que acreditava ser verdade. Auxiliada por seus novos aliados e amigos já conhecidos, Alice deve lutar para viver o tempo suficiente para escapar de um mundo hostil no limite da destruição. Confira:
Ao lado de Jovovich estão Michelle Rodriguez (“Machete”), Kevin Durand (“Gigantes de Aço”), Oded Fehr (“A Múmia”) e Li Bingbing (“O Reino Proibido”), entre outros. As belas Spencer Locke e Sienna Guillory reprisam seus papeis de “Resident Evil 4″. O roteiro foi escrito pelo próprio Anderson.
Resident Evil: Retribution tem estreia programada para 14 de setembro nos cinemas brasileiros.
Obra-prima de Billy Wilder, escancara, destemidamente, o backstage de Hollywood em plenos anos dourados.
Rafael Morais
12 de junho
Em plenos anos 50, o cineasta Billy Wilder entrega um filme extremamente crítico ao próprio método de Hollywood fazer cinema e os seus desdobramentos. Em uma história fascinante, a direção e o roteiro - escrito a três mãos, Wilder e mais dois - conseguem captar diversos pontos que mostram como Hollywood mudou com o passar dos anos: a decadência de uma estrela dos filmes mudos e a falta de emprego para muitos atores antigos no ramo.
A transição do cinema mudo para o falado acarretou no esquecimento de vários astros e estrelas, que foram substituídos abruptamente, sem dó nem piedade. O olhar expressivo, as mímicas e o estudo do corpo como forma de expressão, não eram mais suficientes. Os diálogos, as explicações das cenas e, por que não dizer, a "verborragia" passou a ser elemento narrativo tão importante quanto o trabalho corporal. Recentemente, O Artista, tratou com bastante clareza sobre o tema em baila, ganhando o Oscar de melhor filme de 2011. Sabemos, todavia, que a Academia tem suas escolhas politicamente corretas, como forma de se desculpar por erros cometidos em seu passado recente, onde alguns atores estavam condenados a cair no ostracismo. Era apenas uma questão de tempo.
Inserido nesse contexto, Sunset Boulevard, nome da rua onde fica a mansão da estrela -e que dá nome ao filme -guarda uma tradução que se encaixa perfeitamente com a temática: a avenida do pôr-do-sol, crepúsculo, a saída de cena do sol. Nada mais apropriado.
E é nesse endereço que Norma Desmond (a magnífica, Gloria Swanson), ex-estrela dos filmes mudos, vive solitária com seu fiel empregado Max von Mayerling (Erich von Stroheim). Sua vida recebe uma guinada quando o fracassado roteirista – e também personagem principal e narrador da história – Joe Gillis (William Holden)chega a sua casa fugindo de cobradores, utilizando a mansão como cativeiro perfeito para que ninguém o encontre. Quando Norma descobre a profissão de Gillis e sua aptidão para escrever argumentos, resolve lhe mostrar o rascunho de uma história e pede que o rapaz a melhore para que Cecil B. DeMille a dirija no papel principal. E é por esses bastidores da antiga Hollywood que a história vai se desenvolvendo, mostrando todos os podres da indústria, dividindo as opiniões e as críticas. Enquanto alguns aplaudiam por um longo tempo o filme ao término das projeções, outros quase batiam (literalmente) em Wilder, considerando-o um traidor.
Utilizando de pura metalinguagem para contar a história, Wilder faz cinema, falando sobre o cinema. Genial! A verdade é que de ponta-a-ponta o filme é formado por frases históricas. As situações criadas são de uma genialidade à parte, porque aparentemente elas não têm nada demais, mas o modo como são conduzidas, até mesmo através da narração que vai costurando tudo, faz com que nunca fiquemos cansados ou desinteressados pelo que está sendo mostrado. Um exemplo disso é
quandoGillis, nosso
odioso protagonista, decide se livrar de toda a escravidão que estava vivendo, já
que passara a viver na casa da atriz, eclodindo um relacionamento obsessivo
entre os dois, e ao tentar sair da casa acaba, ironicamente, ficando preso pela
corrente de sua roupa à maçaneta da porta de entrada, numa clara referência que
ele estava preso àquele lugar.
Não menos inesquecível é a sequência em que Norma Desmond visita o set de filmagens de DeMille, nos estúdios da Paramount, e ali, por poucos instantes, ela se sente imersa naquele mundo que outrora já foi seu. A emoção é completa quando os atores, contra-regras e produtores reconhecem a ex-estrela sentada na cadeira do diretor e correm para contemplá-la. Nesse instante, os holofotes voltam-se para a dama do cinema mudo por alguns segundos, e subitamente, repito, sem dó nem piedade, o implacável diretor manda o iluminador retirar a luz de cima da atriz, como forma de dizer que o tempo dela já passou. De fato, em um impactante diálogo, DeMille adverte Norma : "Os tempos são outros. Tudo está diferente e mais complicado." Em outras palavras: você não tem mais vez e voz.
Vale ressaltar a aura dark e o suspense que envolve algumas cenas, retratando a sensação inebriante da fama ou a ausência dela, como por exemplo, quando Norma já está em notória demência, quase esquizofrênica, e sua obsessão pela fama e glamour fazem-na passar por diversos e tortuosos tratamentos estéticos, na ânsia, desmedida e em vão, pelo papel principal em um novo filme. Mera ilusão! Mesmo que "an passant", notei algumas semelhanças com a personagem de Nina (Natalie Portman) em Cisne Negro de Aronofsky e Norma. Talvez a busca pela notoriedade e pelo sucesso; quem sabe pelo clima sombrio das suas residências (mérito para a fantástica direção de arte); ou a obsessão compulsiva das duas, ainda que diametralmente opostas, onde de um lado está uma artista que pretende, a todo custo, se manter nos holofotes e provar algo a si mesma - Nina - e do outro, está uma atriz esquecida pelo grande público, esmagada pelo "trem" descarrilado do desenvolvimento tecnológico e suas inovadoras formas de comunicação/mídia (Norma).
Ao final, o mais assustador é observar que mais de meio século de cinema passou desde sua produção e a história de Hollywood não mudou, pelo contrário, se agravou. Crepúsculo dos Deuses é um clássico que serve de inspiração para diversos outros filmes. Uma irônica homenagem ao cinema, feito por quem entende sobre e para quem, assim como eu, quer um dia entender. Imperdível!
“Eu sou grande. Os filmes é que ficaram pequenos.”
Listamos alguns filmes para assistir ao lado da sua amada(o).
Rafael Morais
11 de junho de 2012.
O dia dos namorados está chegando e nada melhor que curtir aquele filme romântico ao lado de quem você ama, não é mesmo?!
Pensando nisso, a equipe do Pipoca & Rapadura listou alguns filmes que se encaixam como uma luva para essa ocasião.
Vamos lá…
Diário de Uma Paixão
O filme Diário de Uma Paixão (The Notebook) é uma história sobre oportunidades perdidas, amadurecimento e a força de um amor duradouro. Durante as férias de verão, um jovem operário e uma garota rica se apaixonam perdidamente. Porém, os pais da garota não aprovam o romance e o casal é obrigado a se separar. Ela vai para a faculdade, ele vai para Segunda Guerra, mas o amor que havia entre os dois continua existindo e o destino se encarrega de uni-los novamente. Anos mais tarde, apenas um diário relata aquela antiga paixão.
Um Amor pra Recordar
Landon Carter (Shane West) é um rapaz que não respeita ninguém e apronta todas na escola. Sua vida muda totalmente, quando forçado a participar de um teatro da escola, acaba conhecendo melhor a doce Jamie Sullivan (Mandy Moore).
Moulin Rouge
Nicole Kidman e Ewan McGregor são os protagonistas de uma bela e triste
história de amor ambientada num dos maiores ícones da boemia parisiense, a casa
de espetáculos Moulin Rouge.
Como se Fosse a Primeira Vez
Conta a história de Henry (Adam Sandler), um solteirão que não quer assumir compromissos, e Lucy (Drew Barrymore), uma professora de arte, que sofre de uma rara doença neurológica que causa a perda de memória - todos os dias.
Simplesmente Amor
Simplesmente Amor, que trata dos encontros e desencontros de oito casais às vésperas do Natal, é uma verdadeira convenção de astros. A começar por Hugh Grant, no papel do primeiro-ministro inglês, que se apaixona por uma das funcionárias de sua equipe, Natalie (Martine McCutcheon). Há também Colin Firth, vivendo um escritor que parte para o sul da França em busca de sossego e acaba encontrando um grande amor.Emma Thompson é Karen, uma mulher que passa por uma crise no casamento ao desconfiar da fidelidade de seu marido, Harry (Alan Rickman).
Com certeza esquecemos de citar vários filmes, mas você pode nos ajudar a completar o post. Basta citar nos comentários qual filme podemos incluir na lista.
Cineasta encerra sua trilogia do morcego em julho.
Rafael Morais
10 de junho de 2012.
Christopher Nolan confirmou neste sábado, em evento do sindicado dos produtores de Hollywood (PGA), que não tem interesse em fazer um quarto filme do Batman.
O cineasta disse que sempre pensou na série como uma trilogia, que começou com Batman Begins, continuou em Batman - O Cavaleiro das Trevas e termina agora com Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge.
Nolan disse que teve Superman - O Filme, de Richard Donner, como principal inspiração quando foi apresentar o projeto para a Warner Bros. quase uma década atrás. Foi no filme de 1978 que ele viu que poderia criar algo que respeitasse o personagem e não precisava ficar preso aos quadrinhos.
"Eu expliquei o potencial que via e era empolgante para mim. Não tínhamos tido uma história de origem sobre essa figura extraordinária no mundo ordinário", disse.
O inglês também elogiou muito os fãs do Batman por terem mostrado para ele o caminho certo. "Você trabalha com algo que pertence ao público", afirmou.
Para terminar, Nolan ainda defendeu o uso de película no cinema, dizendo que a mudança para o digital está acontecendo por motivos econômicos, não artísticos. "A mudança está sendo empurrada para cima do consumidor. [A questão] não é sobre o que vai dar a eles a melhor imagem", completou.
Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge estreia no Brasil em 27 de julho.
Bradley Cooper, Zach Galifianakis, Justin Bartha e Ed Helms voltam para o episódio final.
Rafael Morais
09 de junho de 2012.
Se Beber Não Case! IIIse passará em Tijuana, no México, e voltará ao cenário do primeiro filme, Las Vegas - como apontavam alguns rumores. As informações são do jornal canadense Toronto Sun.
O elenco formado por Bradley Cooper, Zach Galifianakis, Justin Bartha e Ed Helms volta a ser dirigido por Todd Phillips. O roteiro será escrito por Craig Mazin, responsável pelos dois primeiros.
Ainda não há mais detalhes sobre a trama.A estreia do filme está marcada para 24 de maio de 2013.
O desejo de voltar ao zoológico de Nova York agora leva os animais à Europa, como parte de um circo itinerante que depende do sucesso para chegar aos EUA.
Animação - (Madagascar 3: Europe's Most Wanted) EUA, 2012. Direção: Eric Darnell, Tom McGrath e Conrad Vernon. Duração: 85 minutos. Classificação: livre.
Filme para os casais apaixonados. Dia dos namorados chegando...
Casal recém-casado (Rachel McAdams e Channing Tatum) sofre um acidente de carro. A esposa entra em coma e é cuidada por seu devotado marido. Quando ela acorda sem nenhuma memória de seu casamento, ele tenta conquistá-la novamente.
Drama - (The Vow) EUA, 2012. Direção: Michael Sucsy. Elenco: Rachel McAdams, Channing Tatum, Jessica Lange, Sam Neill, Scott Speedman. Duração: 104 minutos. Classificação: 12 anos.
Adaptação da peça God of Carnage, de Yasmina Reza. Nancy (Kate Winslet) e Alan (Christoph Waltz) são os pais de um garoto que bateu no filho de Penelope (Jodie Foster) e Michael (John C. Reilly). Os dois casais se encontram em uma tarde para conversar sobre o caso.
Drama/Comédia - (Carnage) França/Alemanha/Polônia/Espanha, 2011. Direção: Roman Polanski. Elenco: Jodie Foster, Kate Winslet, Christoph Waltz, John C. Reilly. Duração: 80 min. Classificação: 14 anos.