Por Isa Barretto
'Interestelar', de Christopher Nolan, faz uma década de existência e entrou em exibição nas salas IMAX, por um curto período, em comemoração simultânea ao UCI Day!
E a intrépida @isabarretto foi assistir ao filme, pela primeira vez, para trazer suas reações aqui. Confira...
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Assistir a "Interestelar" pela primeira vez foi uma experiência e tanto, cheia de reflexões que parecem até mais reais agora. O filme mistura ciência com sentimento de um jeito que pega a gente de jeito, falando de buracos de minhoca, viagens no tempo e os limites do ser humano, tanto na tecnologia quanto nas emoções.
Uma das coisas mais bacanas no filme é como ele mostra a relação entre os humanos e a inteligência artificial. Lá atrás, "Interestelar" já trazia os robôs TARS e CASE como muito mais que máquinas. Com doses de emoções, eles trazem humor e um toque humano pras missões, sendo mais do que simples ferramentas – viram parceiros de verdade nessa jornada solitária.
No fundo, a obra é sobre o amor de um pai e uma filha. Cooper (Matthew McConaughey), o protagonista, é obrigado a deixar a filha, Murph, para tentar salvar a humanidade. Mas o laço entre eles é forte demais pra ser quebrado, desafiando tempo e distância. O nome de Murph, que lembra a “Lei de Murphy” (“o que quer que possa acontecer, vai acontecer”), carrega essa mistura de incerteza e esperança – porque ela representa a resiliência e a capacidade de transformação.
Um dos momentos mais marcantes é quando Cooper, perdido numa dimensão fora do tempo, descobre que ele é o "fantasma" que Murph via na infância. Numa tentativa desesperada, ele tenta se comunicar com ela no passado, guiando-a e dando um aviso. Essa cena, de arrepiar, mostra como o amor deles é tão poderoso que rompe até as barreiras do tempo, criando uma conexão quase espiritual.
Outra parte que mexe é a visão da cientista Amelia Brand (Anne Hathaway), que acredita que o amor é uma força invisível, capaz de guiar nossas escolhas, até na busca por um novo lar. Esse amor, pra ela, vai além de qualquer fronteira e inspira decisões que transcendem à nossa própria existência.
O reencontro entre Cooper e Murph, já idosa e cercada pela família, é de cortar o coração. O amor entre eles é eterno, mas Cooper percebe que a vida avança em frente. Murph construiu seu legado, e ele entende que seu recomeço está em outro lugar, talvez ao lado de Amelia.
"Interestelar" é uma experiência que, mesmo depois de uma década, lembra que o amor é nossa âncora mais forte. Seja no amor entre pai e filha, nas nossas buscas e escolhas, ou na conexão com o universo, é uma história que nos faz sentir que vale a pena lutar pelo que realmente importa, mesmo quando tudo parece perdido.