domingo, 29 de maio de 2011

E A RAPADURA DE OURO DA SEMANA VAI PARA ...

Um clássico da Sci-fi com um terror-psicológico na medida!
Rafael Morais
27 de maior 2011.

Fazia um bom tempo que eu não sentia medo e não tomava alguns sustos em um filme. E foi em Alien o 8º Passageiro que esses sentimentos adormecidos me tomaram de assalto. O longa  tornou-se um cult e não foi à toa. A brilhante direção de Ridley Scott é algo a ser estudado por quem admira a sétima arte. As tomadas são bem pensadas resultando em cenas perfeitamente sincronizadas a um ambiente denso e tenso que o filme propõe. Impecável!

Do início ao fim, você se sentirá como o 9º passageiro da Nostromo (espaçonave do filme). E foi exatamente assim que me senti durante a projeção! Vi-me inserido naquele inferno espacial, assim como os personagens, e constatei o que o próprio slogan do filme sugere: No espaço, ninguém pode ouvir você gritar!

Tudo começa quando uma nave-cargueiro pousa em um asteróide e um dos tripulantes é atacado por um monstrengo hospedeiro (horripilante, por sinal) de um embrião alienígena que passa a se alojar em seu corpo. A partir de então, tudo se transforma em um terrível pesadelo inimaginável.  

O elenco é liderado por Sigourney Weaver, que interpreta Helen Ripley, uma mulher determinada e forte, tornando-se, assim, uma das poucas heroínas de ficção-científica do cinema. Interessante perceber que Ripley vai ganhando força ao decorrer do longa, pois na medida em que a tripulação vai sendo exterminada, a heroína passa a ser a comandante da situação. Sigourney e todo o elenco demonstram angústia e apreensão, aumentando ainda mais a tensão já quase insuportável do filme.

Ridley Scott consegue criar um clima angustiante dentro da nave Nostromo. Cada barulhinho e cada ruído deixam o espectador com os nervos à flor da pele. Você espera pelo pior, mas não sabe quando e como isso vai acontecer. E quando acontece, é fulminante. O roteiro deixa os personagens sem escapatória, como se o único destino de cada um fosse morrer sofridamente nas mandíbulas do Alien.

As cenas sempre são acompanhadas do mais profundo silêncio. Só se ouve a respiração ofegante dos personagens e as batidas cardíacas ao fundo. Note que a trilha sonora é montada a partir dos elementos que o filme oferece, como o soar do alarme da nave, a respiração ofegante, entre outros. GENIAL! 

O filme inteiro se passa dentro da Nostromo, colaborando para o clima sufocante. Outro detalhe: o Alien não é mostrado à exaustão. Esse é um truque que foi utilizado por Spielberg em "Tubarão" e funciona perfeitamente aqui. Logo, sugerir o medo, às vezes, é melhor que explicitá-lo. 

Há cenas memoráveis, como a do "parto", por exemplo. É terror puro! A cena é tão famosa que Mel Brooks a parodiou no filme "SOS - Tem Um Louco à Solta no Espaço". Só que em "SOS" o pequeno alien "nasce" cantando uma música e sapateando, afinal de contas é um filme de comédia.

Por ser o primeiro da série Alien (e que influenciou outros tantos filmes parecidos), "Alien - o Oitavo Passageiro" tem uma originalidade impressionante. Nasce aqui a origem dos filmes de monstros das décadas de 80 e 90.

É um filme terrivelmente assustador, como poucos do gênero conseguiram. É inteligente, ao usar o terror-psicológico para criar um clima inesquecível de suspense. Sem dúvida, um filmão!










      





Comentários
1 Comentários

1 comments:

  1. acho que esse filme é um marco na história da ficção cientifica,mudou minha visão de um heroi perfeito e de um alienigena conciente os de algums filme ateriores a esse!

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