terça-feira, 31 de maio de 2011

EM CARTAZ: SE BEBER, NÃO CASE! PARTE II


Mais do mesmo.
Rafael Morais
31 de maio de 2011.

Decepção? Nem tanto. Digamos que eu esperava bem mais dessa continuação. De fato, não superou às minhas imensas expectativas.

Os atropelos advêm de um roteiro nada original repleto de piadas e gags já experimentadas no primeiro filme. Claro que as marcas características do diretor Todd Phillips deixam o longa com um padrão de qualidade sem igual para filmes do gênero, como por exemplo: a boa trilha sonora, uma fotografia de qualidade e um excelente elenco. Além do mais, o traço da comédia politicamente incorreta dessa vez é levado ao extremo da atrocidade.

As desventuras começam quando, novamente, Phil (Bradley Cooper), Stu (Ed Helms), Alan (Zach Galifianakis) e Doug (Justin Bartha) viajam às vésperas de outro casamento. Dessa vez é Stu quem está prestes a se enforcar casar e a cerimônia será em um resort na Tailândia.  E para tentar superar Las Vegas, nada melhor do que Bangcoc. Nesse ponto, o filme mantém a qualidade quando escolhe como locação a cidade da orgia e do exotismo. Bangcoc é um elemento a mais, funcionando quase como um personagem do filme, apesar de ser apresentada de maneira subversiva e caricata. As ruas são movimentadas por comidas e gente estranhas, tudo isso misturado à sua cultura excêntrica, bem oposta a do bando de lobos ocidentais, resultando em várias situações inusitadíssimas.

A continuação faz do apelo sexual descarado uma tentativa de fazer humor, mas acaba exagerando em algumas cenas, ao mostrar vários pênis - de todos os tipos e tamanhos - em demasia. Isso não é algo tão hilário, com exceção do minúsculo membro de Mr. Chow, aquele chinezinho insandecido que volta ainda mais sem noção.

Mas, vocês poderiam me questionar: de onde surgiu essa avaliação de 3 rapaduras, se até agora não tem nada que escape? Até agora. Para não ser injusto, não posso deixar de elogiar o comediante da vez, Zach Galifianakis ( o Alan) é um showman à parte. Ele e Ed Helms (Stu) levam o filme nas costas e conseguem arrancar risadas de situações vexatórias e, até mesmo, surreais. Além disso, na trama existem algumas reviravoltas interessantes e surpresas que Philips e sua produção conseguiram manter guardados a sete chaves. Outro ponto alto da franquia é a forma como o talentoso diretor deixa a equipe à vontade, fazendo com que o elenco interaja e improvise algumas cenas, principalmente os três protagonistas (Cooper, Helms e Galifianakis). Com isso, os atores passam a se divertir em cena, o que é cada vez mais raro em Holywood. 

Apesar dos pesares, recomendo para aqueles que, como eu, esperaram ansiosamente por essa sequência, pois ninguém iria me impedir de ver esse filme, nem mesmo esse tal de Pipoca&Rapadura. : ) 

                                             
Em poucas palavras: É um American Pie para adultos.
   

domingo, 29 de maio de 2011

E A RAPADURA DE OURO DA SEMANA VAI PARA ...

Um clássico da Sci-fi com um terror-psicológico na medida!
Rafael Morais
27 de maior 2011.

Fazia um bom tempo que eu não sentia medo e não tomava alguns sustos em um filme. E foi em Alien o 8º Passageiro que esses sentimentos adormecidos me tomaram de assalto. O longa  tornou-se um cult e não foi à toa. A brilhante direção de Ridley Scott é algo a ser estudado por quem admira a sétima arte. As tomadas são bem pensadas resultando em cenas perfeitamente sincronizadas a um ambiente denso e tenso que o filme propõe. Impecável!

Do início ao fim, você se sentirá como o 9º passageiro da Nostromo (espaçonave do filme). E foi exatamente assim que me senti durante a projeção! Vi-me inserido naquele inferno espacial, assim como os personagens, e constatei o que o próprio slogan do filme sugere: No espaço, ninguém pode ouvir você gritar!

Tudo começa quando uma nave-cargueiro pousa em um asteróide e um dos tripulantes é atacado por um monstrengo hospedeiro (horripilante, por sinal) de um embrião alienígena que passa a se alojar em seu corpo. A partir de então, tudo se transforma em um terrível pesadelo inimaginável.  

O elenco é liderado por Sigourney Weaver, que interpreta Helen Ripley, uma mulher determinada e forte, tornando-se, assim, uma das poucas heroínas de ficção-científica do cinema. Interessante perceber que Ripley vai ganhando força ao decorrer do longa, pois na medida em que a tripulação vai sendo exterminada, a heroína passa a ser a comandante da situação. Sigourney e todo o elenco demonstram angústia e apreensão, aumentando ainda mais a tensão já quase insuportável do filme.

Ridley Scott consegue criar um clima angustiante dentro da nave Nostromo. Cada barulhinho e cada ruído deixam o espectador com os nervos à flor da pele. Você espera pelo pior, mas não sabe quando e como isso vai acontecer. E quando acontece, é fulminante. O roteiro deixa os personagens sem escapatória, como se o único destino de cada um fosse morrer sofridamente nas mandíbulas do Alien.

As cenas sempre são acompanhadas do mais profundo silêncio. Só se ouve a respiração ofegante dos personagens e as batidas cardíacas ao fundo. Note que a trilha sonora é montada a partir dos elementos que o filme oferece, como o soar do alarme da nave, a respiração ofegante, entre outros. GENIAL! 

O filme inteiro se passa dentro da Nostromo, colaborando para o clima sufocante. Outro detalhe: o Alien não é mostrado à exaustão. Esse é um truque que foi utilizado por Spielberg em "Tubarão" e funciona perfeitamente aqui. Logo, sugerir o medo, às vezes, é melhor que explicitá-lo. 

Há cenas memoráveis, como a do "parto", por exemplo. É terror puro! A cena é tão famosa que Mel Brooks a parodiou no filme "SOS - Tem Um Louco à Solta no Espaço". Só que em "SOS" o pequeno alien "nasce" cantando uma música e sapateando, afinal de contas é um filme de comédia.

Por ser o primeiro da série Alien (e que influenciou outros tantos filmes parecidos), "Alien - o Oitavo Passageiro" tem uma originalidade impressionante. Nasce aqui a origem dos filmes de monstros das décadas de 80 e 90.

É um filme terrivelmente assustador, como poucos do gênero conseguiram. É inteligente, ao usar o terror-psicológico para criar um clima inesquecível de suspense. Sem dúvida, um filmão!










      





segunda-feira, 23 de maio de 2011

SELO DE QUALIDADE


Testado e Aprovado
A Trilogia Millenium é uma ótima pedida!
Rafael Morais
24 de maio de 2011.

A série leva para as telas os romances Os Homens que não Amavam as Mulheres, A Menina que Brincava com Fogo e A Rainha do Castelo do Ar, de autoria do jornalista sueco Stieg Larsson, falecido em 2004 logo após tê-los entregue ao seu editor.



         

Foi com grande surpresa que assisti e gostei dessa trilogia sueca (baseada em best-seller's),  pois o país nunca foi um celeiro de grandes filmes/produções. No entanto, o resultado foi um sucesso, ou seja, um roteiro redondo com grandes atuações e um suspense-policial bem amarrado do começo ao fim. 

Rumores dão conta de que, em breve, sairá a versão hollywoodiana, como não poderia deixar de ser. Desnecessário esse remake, se vier, é claro!  E tudo indica que virá, pois já teriam até escolhido o Brad Pitt para o papel do jornalista/protagonista. Isso me dá uma "ligeira impressão" que os blockbuster's ( leia-se: a indústria do dinheiro) americanos estão sempre à espreita de alguma ideia original, alheia, para copiar repaginar, isto é, por lá quase nada se cria, tudo se copia. 

Chega de ser ranzinza e vamos ao que interessa: Não vou entrar em detalhes sobre os filmes, de propósito, pois não quero estragar as boas surpresas que a trama reserva. Assistam os trailers abaixo e fiquem com o "gostinho de quero mais".


  

Gostaram? Então deixem seus comentários!



                                                              
                                                  
                                                                         

domingo, 22 de maio de 2011

UM DOS MELHORES DIRETORES DA ATUALIDADE


Christopher Nolan é o cara!
Rafael Morais
22 de maio de 2011.


  • Christopher Jonathan James Nolan, nasceu em 30 de julho de 1970, em Londres. Nolan é diretor, roteirista e produtor.


FILMOGRAFIA










O seu primeiro longa-metragem foi Following  no ano de 1998. O filme conta a história de um escritor obcecado em seguir pessoas aleatórias.









Logo depois, Nolan fez “Memento” (Traduzido como Amnésia por aqui), no ano 2000, que recebeu criticas positivas, e recebeu a indicação do oscar, de melhor roteiro.













Em 2002, Nolan fez Insomnia (Insônia), uma refilmagem americana do filme norueguês de 1997, que é estrelado por Al Pacino, Robin Williams, e Hilary Swank.









Mas foi em 2003, que Nolan, junto com o roteirista de “Blade”, David S. Goyer, convenceram a Warner Bros, a aceitar reviver o homem mocergo nos cinemas mais uma vez. Em 2005 Batman Begins foi lançado nos cinemas, e teve um grande sucesso de critíca e de público.









Outro excelente filme de Nolan, foi “The Prestige”( O Grande Truque), que conta a história de dois mágicos (Hugh Jackman e Christian bale)que eram amigos, mas depois de algumas reviravoltas, tornaram-se grandes inimigos. O filme também foi bem recebido pelo público, arrecadando US$ 109 milhões em bilheteria, e tendo críticas positivas.







Foi em 2008 que veio sua obra-prima, “The Dark Knight” (Batman o Cavaleiro das Trevas)dito pos muitos como a melhor adaptação dos quadrinhos para o cinema, o filme arrecadou US$ 158 milhões, e fez grandes fãs pelo mundo, Heath Ledger fez uma atuação histórica como o Coringa, ganhando o oscar de melhor ator coadjuvante (homenagem póstuma) pela excepcional performance.







Em 2010 veio um dos seus melhores filmes, “Inception” (A Origem), tendo mais uma vez, críticas positivas, e uma ótima bilheteria, o filme foi um grande sucesso. Assim como muitos, considero um dos melhores filmes de ficção científica de todos os tempos.







"The Dark Knight Rises", será o próximo filme de Nolan e o terceiro da trilogia "Batman", o elenco do filme por enquanto é Christian Bale, Tom Hardy, Anne Hathaway, Gary Oldman, Joseph Gordon Levitt, Marion Cottilard, Michael Caine, Morgan Freeman, Josh Pence e Juno Templeno, o filme está gerando uma grande expectativa no público, que espera ancioso pela a estréia em 20 de julho de 2012. 

E por falar em Batman, deram início as ações de marketing para promover o tão aguardado longa The Dark Knight Rises. Utilizando uma estratégia semelhante à realizada com maestria em O Cavaleiro das Trevas, quando enlouqueceu milhares de fãs e conquistou outros tantos, a Warner criou a seguinte campanha no microblog Twitter: a cada mensagem publicada com a tag #TheFireRises, parte de uma foto desconhecida era exibida/montada, pixel a pixel, carregando o ícone de exibição do usuário que a digitou. Rapidamente, os milhares de tweets passaram a formar a foto abaixo, que traz Tom Hardy caracterizado como o vilão Bane. Bela campanha viral não acham? Vejam a primeiro foto:


Já assistiu a algum desses filmes? Então comentem o post!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

EM BREVE: QUERO MATAR MEU CHEFE

Pelo trailer, o filme promete!
Rafael Morais
18 de maio de 2011.

A comédia politicamente incorreta Quero Matar Meu Chefe (Horrible Bosses) ganhou o seu primeiro e hilário trailer. A menos que a prévia traga as únicas cenas divertidas, não resta dúvida que o longa vai rivalizar com Se Beber Não Case! 2 pelo trono de melhor comédia de 2011.

Na trama, Jason Bateman, Jason Sudiekis e Charlie Day são três amigos humilhados em seus trabalhos por seus chefes intoleráveis. Pedir demissão não é uma opção, e assim, com a ajuda de alguns drinks a mais e do conselho duvidoso de um ex-detento malandro (Jamie Foxx), os três, no melhor estilo Pacto Sinistro (de Alfred Hitchcock), chegam à conclusão que a única solução para resolverem seus problemas é cada um matar o chefe do outro

Kevin Spacey, Colin Farrell (com um penteado rídiculo) e Jennifer Aniston interpretam os patrões horríveis do título original. Aniston, como uma ninfomaníaca, promete diversão extra ao público masculino. No papel da dentista que assedia sexualmente o assistente (Day), ela vai aparecer usando lingeries bem provocativas. Confira:


Segundo o tabloide Daily Mail, Jennifer também filmou uma cena de nudez para o filme, mas ainda não foi decidido se a cena realmente entrará na versão final. O trecho teria sido gravado de dois ângulos: no primeiro, o público vê o rosto e os seios de Aniston. Já no outro ângulo, o espectador fica na dúvida se foi usado um dublê de corpo. Vamos torcer pela primeira opção.

Donald Sutherland, Julie Bowen e Lindsay Sloane também estão no elenco. Seth Gordon (Surpresas do Amor) dirige, a partir do roteiro original escrito pelo trio Michael Markowitz, John Francis Daley e Jonathan Goldstein. 

A estreia acontece em 8 de julho nos EUA e no Brasil em 5 de agosto.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

E A RAPADURA DE OURO DA SEMANA VAI PARA ...


A História vista sob outra perspectiva.
Rafael Morais
14 de maio de 2011.

Quem disse que os alemães são frios e insensíveis? Pelo menos em Adeus, Lênin! não enxergamos nada disso. Pelo contrário, o filme é recheado de emoções e sentimentos, sobretudo quando o roteiro explora um país imerso em mudanças políticas e sociais tão bruscas.

O que fazer quando a sua mãe (comunista militante) está acometida de uma doença grave da qual não pode ter tantas surpresas, caso contrário, poderá ter um ataque cardíaco fatal? E o pior, essa mãe mora em uma Alemanha dividia em Oriental e Ocidental, prestes a se unificarem sob um governo capitalista. Essa é a premissa do filme, que mostra de uma forma bem peculiar - cômica e emocionante ao mesmo tempo - a queda do muro de Berlim e a "vitória" do Capitalismo sobre o Comunismo.

O filme escrito e dirigido por Wolfgang Becker, começa algumas semanas antes da queda do muro. Christiane (Katrin Sass) é uma apaixonada colaboradora do regime comunista. Ela só não imaginava presenciar seu filho Alex (Daniel Bruhl) se manifestando contra o regime nas ruas, do qual acabou espancado e preso por policiais. Em choque, ela sofre um colapso e entra em coma no meio do conflito.

Ao despertar, vários meses depois, desse "sono profundo", o médico dá o veredicto: Qualquer choque será fatal, pois o seu coração está bastante fragilizado. A solução encontrada pelo filho, repleto de amor e remorso, aparentemente, é simples: Manter, pelo menos dentro do apartamento, uma Alemanha oriental viva.

A partir daí o longa ganha fôlego e diz para que veio. Alex começa então uma louca e interessante luta constante em ambientalizar o quarto e a vida de sua querida mãe, em algo inversamente proporcional ao rumo da história. 

Para isso ele conta com a ajuda de sua irmã, genro e namorada que precisam se vestir como antes, consumir produtos estatais (comidas, bebidas, roupas), tudo em prol da saúde da matriarca. Tudo estava dando certo até que bem em frente ao aposento da enferma, aparece,  hasteado em um prédio, um Outdoor da Coca-Cola, como se marcasse o fim de uma era e começasse a época do Consumismo/Capitalismo. Sem dúvida, aquela bandeira significava muito mais do que um simples refrigerante de cola. 

Além da excelente premissa, o filme conta com um ótimo elenco. Os dois protagonistas fazem um trabalho irretocável, ao lado de coadjuvantes divertidos, como Maria Simon (a irmã de Alex), que começa a trabalhar entusiasmadíssima num Burger King e vestir-se de maneira New Wave. Merece destaque também Florian Lukas, o amigo de Alex que filma casamentos achando que é o novo Stanley Kubrick. E vale destacar que as melhores cenas do filme, ou seja, a reinvenção e repaginação da história, ficam por conta das criativas filmagens de Alex e seu amigo. Memoráveis!

Enfim, sensível e com ótimas piadas, Good Bye, Lenin! é algo raro, uma comédia alemã que prova que a tal "frieza" dos germânicos pode estar degelando enquanto o país sofre importantes mudanças.

Essa é uma obra cinematográfica que mostra a relativização das coisas e dos fatos. Por isso, não esqueçam: Existem várias maneiras de se contar uma história, tudo vai depender do seu ponto de vista.



  


quinta-feira, 5 de maio de 2011

CURTA O CURTA: DISTRAXION

Divertido curta-animado.
Rafael Morais
05 de maio de 2011.

Vencedor de vários festivais especializados, Distraxion é uma animação de Mike Stern, que provavelmente não teve que ouvir a música favorita do chefe enquanto bolava este curta.
Recomendado para aqueles que já tiveram que passar longas horas no trabalho após o expediente, bem naquele dia em que você queria ir embora mais cedo. Divirta-se:


CURTA O CURTA: CRIADOR DE MUNDOS

Um homem constrói um mundo holográfico para a mulher que ele ama.
Rafael Morais
05 de maio de 2011.
Emocionante! Assistam e deixem seus comentários.



terça-feira, 3 de maio de 2011

EM CARTAZ: THOR


A magia chega ao Universo Marvel.
Rafael Morais
02 de maio de 2011.

Confesso que nunca li nenhum gibi da Marvel, porém assisti a todas as adaptações cinematográficas já lançadas pela Marvel Studios. Por isso, entendo que Thor é o maior desafio enfrentado pelo estúdio, tanto pelo universo fantástico (super-herói mitológico), quanto pelo desapego aos heróis geneticamente modificados.

Já estava passando da hora de chegar às telonas um filme de super-herói com contornos imaginativos e fantasiosos, já que, cada vez mais, um suposto "realismo" toma conta dessas histórias. Até agora, as produções da Marvel, principalmente os dois Homem de Ferro e  Hulk, são aventuras embasadas na ciência. Nesse contexto, Thor se insere como um divisor de águas, pois o ávido público desse gênero agora é apresentado a outros planos de existência/vida.  

No longa, somos "transportados" a outro planeta - Asgard - e apresentados aos asgardianos, seres imortais de outra dimensão, que, ao revelarem-se aos vikings, foram confundidos com deuses, iniciando a mitologia nórdica. Thor - vivido pelo inspirado Chris Hemsworth - é um jovem príncipe desse povo, que anseia pelo trono/poder desde a sua infância. Contudo, o excesso de vontade do guerreiro desencadeia uma série de graves consequências para o reino, uma vez que a sua arrogância e impetuosidade são igualmente proporcionais a sua competência em batalhas.  Somado à sua teimosia, tudo resulta em uma nova guerra contra os Gigantes do Gelo, liderados pelo Rei Laufey (Colm Feore). O Deus do Trovão acaba banido para a Terra por seu pai, Odin - interpretado com maestria por Anthony Hopkins - precisando, assim, aprender lições de humildade se quiser retornar e tornar-se digno de erguer o seu martelo Mjolnir e com ele o seu poder imortal.

As sequências aqui na Terra são aquém das expectativas, com exceção da luta com o Destruidor. Tudo é muito atropelado, literalmente. O encontro do Deus banido com os humanos: Jane Foster (Natalie Portman), Dr. Selvig (Stellan Skarsgard) e Darcy (Kat Dennings) é algo muito forçado, dando a impressão de que não se deu por força do destino, e sim por fragilidade do roteiro. Aliás, a atriz "oscarizada" poderia ter sido substituída por qualquer outra, sem prejuízo nenhum ao filme. Desnecessária, assim como a personagem Darcy que força algumas piadas sem graça.

Por outro lado, a construção do mundo asgardiano e os seus efeitos visuais enchem os olhos, assim como a cultura desse povo.  Os figurinos, o design da cidade, a iluminação e as cores são impressionantes. Segundo os fissurados em HQ's, Asgard nunca foi tão fielmente retratada no papel ou fora dele. No entanto, o 3D pouco acrescenta ao filme, já que foi filmado com câmeras normais e depois convertido para essa tecnologia. O processo de conversão ainda não tem o grau de perfeição das filmagens em câmeras especiais 3D (Avatar, Resident Evil, Santuário). Os custos para essa finalidade ainda são altíssimos, fazendo com que os diretores optem por rodar o filme em 2D e nos estúdios fazerem a conversão. James Cameron é a exceção, o cara desenvolveu a tecnologia e ainda detém as câmeras. 

Mas é Tom Hiddleston, o Loki, quem surpreende positivamente, o talentoso ator entrega ao diretor Branagh uma relação "shakespereana" bem convincente entre irmãos, pai e filhos.

Interessantes são as diferentes referências encontradas no Universo Marvel em seus filmes. No caso de Thor, há uma breve participação do Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), passando pela menção a Bruce Banner, o Hulk, deixando assim, tudo pronto para o filme que virá de Os Vingadores, incluindo as reveladoras cenas pós-créditos.

Quem gosta de cinema não deve perder. Assista, por Asgard!!!!