terça-feira, 29 de março de 2011

EM CARTAZ: ASSASSINO A PREÇO FIXO

                                               "Só a massa!"

Enfim um competente filme de Ação!
Rafael Morais
29 de março de 2011

Assassino a preço fixo (The Mechanic) é um remake do filme homônimo de 1972 que tinha Charles Bronson no papel principal. Na versão atual, Jason Statham assume a ponta sem deixar saudades do bigodudo. Aliado à Jason está o excelente Ben Foster.

The Mechanic narra a história de um assassino profissional Arthur (Jason) que volta e meia é contratado para executar uma vítima. E isso ele faz com presteza e maestria. Tudo é muito articulado/pensado, isto é, as vítimas não têm nenhuma chance. Contudo, o filme dá uma guinada quando Arthur passa a treinar Steve, o filho de seu mentor, assassinado no começo do filme.

A relação dos personagens é simbiótica acrescentando muito ao filme. Muitos dizem que Statham só sabe fazer esse papel do cara durão e sério que exala perigo. Ainda bem que temos, pelo menos, um ator hollywoodiano da nova geração com esse perfil, senão o que seria dos filmes de ação? Quem quer ver "o cara" do carga explosiva fazendo drama no cinema? Ou ganhando um prêmio por sua bela atuação? Sinceramente, só os críticos mais ferrenhos mesmo.

Nas cenas de ação (brigas, tiroteios, armadilhas), a coreografia é montada de forma orgânica, fazendo referência à Trilogia Bourne, que pelo visto se tornou padrão de qualidade nos filmes do gênero. 

Interessante a forma como o assassino analisa e executa os seus alvos, com "precisão cirúrgica",  sem jamais se afobar, afinal de contas - "Amat Victoria Curam" (A vitória ama a cautela) - essa máxima segue o filme inteiro.

Quando dispomos de um tempo para assistir a um bom filme de ação, queremos ver pancadaria, explosões e muita adrenalina! E isso The Mechanic tem de sobra. Claro que o roteiro poderia ter ajudado e quem sabe ganharia 4 rapaduras ( não esqueça, caro leitor, o máximo é de 5). 

Por exemplo, na cena do aeroporto, os roteiristas Richard Wenk e Lewis John Carlino, derrapam feio na hora de entrelaçar os destinos dos personagens. Poderiam ter pensado de outra maneira, mas não vou entrar em detalhes (spoilers não!).

Ao final, no prensar da rapadura, o filme tem um desfecho competente ! 


Só não chame esse mecânico para ajeitar o seu carro!!!






SE BEBER, NÃO CASE 2! VEM AÍ!


Viva a comédia politicamente incorreta!
Rafael Morais
29 de março de 2011

Se beber não case! 2 (The Hangover, part II) ganhou o seu primeiro pôster. "Bangcoc os possui", diz o cartaz. Veja acima.



Na sequência do grande sucesso 2009, Phil (Bradley Cooper), Stu (Ed Helms), Alan (o impagável Zach Galifianakis) e Doug (Justin Bartha) viajam para Bangcoc, para o casamento de Stu. Depois da inesquecível festa de despedida de solteiro em Las Vegas do primeiro capítulo, Stu resolve "só" fazer um café-da-manhã pré-casamento. Mas as coisas não saem como planejados, é claro.


O longa é dirigido mais uma vez por Todd Philips, com roteiro de Scott Armstrong. 
Estreia no Brasil em 27 de maio de 2011.
Confira abaixo a prévia legendada:



Esperamos ansiosos pelo retorno dos caras.




sábado, 26 de março de 2011

EM CARTAZ: VIP'S


                                          "Só a massa!"



Wagner Moura e suas multifacetas.
Rafael Morais
26 de março de 2011

Não é de hoje que o cinema nacional pensa fora do quadrado, e VIP's é um exemplo disso. O longa traz uma adaptação do livro VIPs - Histórias Reais de um Mentiroso.

Um dos grandes destaques do filme é sem dúvida o ator Wagner Moura, emergente da "nova safra" de atores que contribui significativamente para o tímido progresso do cinema "tupiniquim". A bem da verdade é que não imagino outro ator brasileiro, no cenário atual, com o talento igual ao dele.

O talentoso ator adiciona boas doses de dramatização ao longa, oscilando entre euforia e perturbações, tentando se desvencilhar, com inteligência, da figura do estelionatário, golpista ou criminoso. Esse, inclusive, é um ponto interessante, pois, por mais que alguns vejam pelo lado delituoso, outros enxergam algo mais poético, filosófico ou psicológico na história de Marcelo da Rocha.  

Desde a juventude, Marcelo sentia a estranha necessidade de imitar as pessoas ao seu redor, de fugir da sua realidade/personalidade, buscando sempre realizar o seu sonho de ser piloto de avião. Acabou ficando conhecido por se passar pelo filho do dono da GOL durante um carnaval em Recife. Para isso, o protagonista cria e recria, de várias maneiras, uma persona que seja melhor para ele e para a sociedade cada vez mais exigente.

No tocante à direção, o estreante Toniko Melo - O2 Produções - impõe um interessante ritmo às cenas e realiza boas tomadas, como, por exemplo, no plano-sequência da piscina. O novato diretor tem sempre em Wagner o seu norte.

É difícil aceitar quem somos? De fato essa ideia de crise de identidade, nos furta "uma vez ou outra", diferente do personagem principal que é constantemente perturbado por essa questão. Essa premissa dá a tônica do filme, extraindo o que há de melhor do elenco.

Acredito que para se realizar um bom filme, principalmente baseado em fatos reais, não é necessário sempre prestar homenagem à figuras ilustres que fazem ou fizeram parte da nossa história (Lula, o Filho do Brasil). Não! O Cinema é bem maior que uma simples homenagem. É preciso uma boa estória, algo de interessante, pois, muitas vezes nas entrelinhas da vida de alguém "errado" há o roteiro certo. Então, por favor, se virem filmes sobre Brunas Surfistinhas ou Capitães Nascimentos, não quer dizer que o Brasil seja carente de "heróis".

E um dos pontos fortes de VIP's é, exatamente, não vitimizar o protagonista além do que verdadeiramente ele é.